Brasília, quarta-feira, 25 de julho de 2012 - 15:57 | Atualizado em: 27 de julho de 2012
RECONHECIMENTO
Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha
Fonte: Portal Vermelho
A data foi escolhida como marco internacional da luta e resistência da mulher negra

O dia 25 de julho foi instituído pela ONU como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, na República Dominicana, em 1992.
A data foi escolhida como marco internacional da luta e resistência da mulher negra. Desde então, vários setores da sociedade atuam para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero, raça e etnia vivida pelas mulheres negras.
O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais.
É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.
Atividades
A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) participa de uma série de eventos para comemorar o Dia da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha. Durante as atividades, serão discutidas estratégias que fortaleçam o trabalho das organizações de promoção da igualdade racial e de gênero no Brasil.
Nesta quarta-feira (25) a diretora de programas da SEPPIR, Mônica Oliveira, participa do Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha (Latinidades), que acontece em Brasília. Mônica vai discutir a saúde integral da mulher negra.
Segundo a diretora, atualmente, 60% das mulheres vítimas de morte materna são negras: "Durante a gravidez, as mulheres negras têm menos chance de passar por consultas pré-natal, seja por dificuldades de acesso, por falta de informação ou mesmo por discriminação nos serviços", explica.
Ainda no Latinidades, a gerente de projetos da SEPPIR, Eunice Léa de Moraes, participa do debate sobre emprego e renda. O relatório de Perfil do Trabalho Decente divulgado na última quinta-feira (19) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), revelou que jovens negras têm menos acesso à escola e ao trabalho.
Na faixa etária entre 15 e 24 anos, uma em cada quatro jovens negras brasileiras não estuda ou não trabalha, esse número corresponde a 25,3% dessa faixa da população.
No contexto do festival, de junho a novembro de 2012, serão realizadas ações em São Paulo e em Brasília, no Complexo Cultural da República de 23 a 29 de julho, nas Regiões Administrativas do Paranoá, Varjão, Itapuã, Cidade Estrutural e no Presídio Feminino Colméia.
Este ano a grande novidade do evento é a parceria com o Cena Contemporânea - Festival Internacional de Teatro de Brasília - que, juntos, realizam uma semana de grande shows no Museu Nacional de Brasília, de 23 a 29 de julho. Além do Cena Contemporânea, outra parceira é a Feira Preta SP, que acontece nos dias 28 e 29 de julho.
Outros Estados
A saúde da mulher negra também será tema de palestra realizada pela Prefeitura da cidade de Itajaí em Santa Catarina, a ser realizada na sexta-feira (27).
"Nossa tarefa enquanto SEPPIR é levar informação e formação para essas atividades e é estratégico porque, informados, eles se articulam melhor para nos ajudar a mudar esses dados", explicou Mônica Oliveira.
No dia 26, a secretaria discute o cenário da Política de Promoção da Igualdade Racial para Mulheres com foco nas moradoras de Comunidades Tradicionais, no I Seminário Estadual de Mulheres de Comunidades Tradicionais, que será realizado pela Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do Espírito Santo.
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