Brasília, quinta-feira, 28 de novembro de 2013 - 18:28
RETROCESSO
Nova alta dos juros, péssima notícia para o povo brasileiro
Fonte: Portal CTB
Aumento faz com que país seja campeão mundial de juros. Custos para a economia nacional, para a classe trabalhadora e para a indústria são altíssimo
reprodução
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) concluiu a sua última reunião do ano na noite desta quarta-feira, 27, anunciando uma nova alta da taxa básica de juros (Selic), que subiu de 9,50% para 10%.
É uma péssima notícia para o povo brasileiro e as centrais sindicais, que no dia anterior, 26, realizaram uma manifestação diante da sede do BC, em Brasília, reclamando precisamente o oposto do que foi decidido pelo Copom, ou seja, redução dos juros e mudança da política econômica conservadora e de viés neoliberal.
O Brasil mantém, com isto, o desonroso título de campeão mundial dos juros altos. Os custos para a economia nacional, a classe trabalhadora e a indústria são altíssimos. Estima-se que os credores da dívida pública embolsem cerca de R$ 12 bilhões ao ano a cada 1% de aumento da Selic, que ainda no mês de abril estava em 7,5%.
Opera-se através da atual política monetária uma brutal e perversa transferência de renda da maioria da sociedade para os ricos banqueiros, rentistas e especuladores.
Em contrapartida, verifica-se o retrocesso da atividade econômica, com redução do consumo e dos investimentos na produção, e novos cortes nos gastos públicos justificados pela necessidade de economizar dinheiro para bancar os serviços da dívida pública (juros e amortizações), cujo peso cresce com a alta da Selic.
O pagamento dos juros já consome cerca de 50% do Orçamento da União e o dinheiro destinado aos credores é o mesmo que faz falta na saúde pública, na educação, na Previdência, no transporte e na infraestrutura em geral.
A política econômica praticada pelo BC e pelo governo contempla os interesses da oligarquia financeira, que conta com um forte e eficiente lobby midiático para pressionar as autoridades a radicalizar em medidas conservadoras e não sair da linha traçada pelo tripé neoliberal dos juros altos, câmbio flutuante e superávit primário.
A CTB vai continuar lutando, em unidade com as outras centrais, para transformar esta realidade, consciente de que com a atual política macroeconômica será muito mais difícil, senão impossível, conquistar o fim do fator previdenciário, a redução da jornada e demais reivindicações constantes da Pauta Trabalhista, bem como realizar a agenda da classe trabalhadora por um novo projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, soberania e democracia, aprovada na Conclat.
(*) presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
É uma péssima notícia para o povo brasileiro e as centrais sindicais, que no dia anterior, 26, realizaram uma manifestação diante da sede do BC, em Brasília, reclamando precisamente o oposto do que foi decidido pelo Copom, ou seja, redução dos juros e mudança da política econômica conservadora e de viés neoliberal.
O Brasil mantém, com isto, o desonroso título de campeão mundial dos juros altos. Os custos para a economia nacional, a classe trabalhadora e a indústria são altíssimos. Estima-se que os credores da dívida pública embolsem cerca de R$ 12 bilhões ao ano a cada 1% de aumento da Selic, que ainda no mês de abril estava em 7,5%.
Opera-se através da atual política monetária uma brutal e perversa transferência de renda da maioria da sociedade para os ricos banqueiros, rentistas e especuladores.
Em contrapartida, verifica-se o retrocesso da atividade econômica, com redução do consumo e dos investimentos na produção, e novos cortes nos gastos públicos justificados pela necessidade de economizar dinheiro para bancar os serviços da dívida pública (juros e amortizações), cujo peso cresce com a alta da Selic.
O pagamento dos juros já consome cerca de 50% do Orçamento da União e o dinheiro destinado aos credores é o mesmo que faz falta na saúde pública, na educação, na Previdência, no transporte e na infraestrutura em geral.
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