Mulheres marchando em busca de conquistas

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Brasília, segunda-feira, 3 de agosto de 2015 - 12:39

MARCHA DAS MARGARIDAS

Mulheres marchando em busca de conquistas


Fonte: Portal CTB

Desde o início do ano vêm ocorrendo marchas e mobilizações pelos estados e municípios a fim de mostrar que as mulheres não estão para brincadeira quando se trata do tema igualdade de gênero e respeito aos direitos humanos de todas e todos.

Divulgação
A secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Ivânia Pereira, convoca as dirigentes da central e de instituições sindicais filiadas a contribuírem para a mobilização das mulheres do campo, da floresta e das águas com objetivo de elevarem a participação na 5ª Marcha das Margaridas que acontece nos dias 11 e 12 de agosto em Brasília. "As margaridas cumprem papel essencial na garantia de avanços nas políticas públicas em favor dos direitos a uma vida digna, sem o fantasma da violência, para todas", garante a cetebista.

Desde o início do ano vêm ocorrendo marchas e mobilizações pelos estados e municípios a fim de mostrar que as mulheres não estão para brincadeira quando se trata do tema igualdade de gênero e respeito aos direitos humanos de todas e todos. Ela elenca conquistas das Marchas anteriores como as unidades móveis de combate à violência contra a mulher, que levam "informação, defensoria pública, atendimento à saúde, possibilidade de se tirar documentos, como a certidão de nascimento dos filhos e o enfrentamento de situações de agressão às mulheres", reforça.

Outra conquista considerada fundamental para ela, é o Pronaf Mulher (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar Mulher). "Antes dele, o investimento era destinado somente para quem possuía a titularidade da propriedade e assim as mulheres, depois de as margaridas reivindicarem foi criado o Pronaf Mulher e agora elas também recebem o financiamento para produzir".

É com mobilização, organização e muita luta, segundo a bancária sergipana, que a vida de todos vem melhorando no campo. "Quando se melhora a vida das mulheres, tudo melhora na família e também na vida dos homens. Por isso temos a compreensão da necessidade de políticas que esclareçam melhor o papel da mulher na sociedade, mostrando que homens e mulheres juntos mudarão a realidade e construirão o novo", defende. "Como está atualmente, estamos sobrecarregadas, com dificuldades até para o crescimento profissional", reclama.

Ela cita como referência o Projeto Quintais Produtivos que consiste na possibilidade de as mulheres utilizarem os seus quintais para o cultivo. "Esse projeto mostra toda a capacidade da mulher que acaba produzindo mais do que a família consome. Então vende o excedente em feiras livres, cobrindo despesas domésticas". Por isso, "nessa 5ª Marcha das Margaridas estamos defendendo que seja dado o devido valor aos trabalhos produzidos pelas mulheres do campo, das águas e da floresta", apregoa.

Somos Todas Margaridas

A primeira Marcha das Margaridas ocorreu em 2000 e seguiu com edições em 2003, 2007 e 2011. Tudo começou com o objetivo de chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas mulheres do campo. O Nome nasceu da intenção de prestar homenagem à sindicalista Margarida Maria Alves, assassinada pelo latifúndio em 12 de agosto de 1983. Margarida foi presidenta do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Por isso, surgiu o lema "Somos Todas Margaridas", simbolizando as mulheres guerreiras que enfrentam tudo para melhorar a vida das pessoas.

Neste ano, diz texto do Facebook da Marcha, "é fundamental reconhecer e potencializar a luta das mulheres pelo direito à terra por meio da Reforma Agrária e a garantia dos direitos territoriais dos povos indígenas e populações quilombolas, na defesa dos territórios das comunidades tradicionais, como algo estratégico na construção da agroecologia".

A Marcha das Margaridas deste ano dividiu suas ações em oito eixos: 1) Soberania e segurança alimentar; 2) Terra, água e agroecologia; 3) Sociobiodiversidade e acesso a bens naturais; 4) Autonomia econômica, trabalho e renda; 5) Educação não sexista, educação sexual e sexualidade; 6) Violência sexista; 7) Direito à saúde e saúde reprodutiva e 8) Democracia, poder e participação.

Para a mobilização da marcha vêm ocorrendo mobilizações em todo o país, inclusive com uma campanha para a doação de dinheiro para ajudar na organização do evento. Um dos eventos é o lançamento do livro "Marcha das Margaridas", de Claudia Ferreira. Na quarta-feira (29), na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, ocorreu o primeiro lançamento. Na terça-feira (4) é a vez do Rio de Janeiro receber Claudia na Livraria Blooks, Praia de Botafogo, 316 (Espaço Itaú de Cinema), às 19h. Já na Marcha em Brasília haverá distribuição de 50 mil postais, com fotos do livro e dicas de como acessá-lo pela internet gratuitamente.

A presidenta Dilma garante presença no encerramento da Marcha no Estádio Mané Garrincha, início e fim da 5ª Marcha das Margaridas, que irá até a Esplanada dos Ministérios para apresentar suas reivindicações, entregues também para Dilma. Além disso, Ivânia se lembra da necessidade de defesa da democracia, da Constituição, dos direitos trabalhistas e humanos em constante ataque pelos setores reacionários da sociedade. "Não existem condições de melhorias na vida das mulheres sem o avanço da democracia. Qualquer recuo nos prejudica muito mais, porque somos as primeiras a serem demitidas", ataca.









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