Maioria das negociações salariais repôs perdas, diz Dieese

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Brasília, sexta-feira, 26 de junho de 2009 - 19:10

REAJUSTE

Maioria das negociações salariais repôs perdas, diz Dieese


Fonte: Agência Brasil

Acordos garantiram reajuste acima do índice; passaram de 77% para 78%. Os que tiveram menor foi de 11% para 4%

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De 100 negociações salariais ocorridas nos primeiros cinco meses do ano, 96% asseguraram a recomposição das perdas ocorridas ao longo de 2009.

No ano passado, o percentual foi de 89%.

 

As negociações que tiveram reajuste menor do que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passaram de 11% em 2008 para 4% em 2009.

 

Já as negociações que garantiram reajuste acima do índice passaram de 77% para 78%.

Os dados foram divulgados hoje (26) pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos (Dieese).

 

Entre os setores, a indústria apresentou 83%, ante os 86% do ano passado, dos reajustes acima da inflação, 11% igual ao INPC contra os 8% do ano passado.

Na indústria, os reajustes que só recompuseram as perdas da inflação subiram de 28% para 58%.

 

No setor de serviços, as categorias que tiveram perdas salariais passaram de 14% para 4%, as que tiveram aumento passaram de 71% para 78% e os reajustes iguais à inflação passaram de 14%, em 2008, para 18% em 2009.

 

Segundo o coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre, a inflação mais baixa ajuda a obter os reajustes mesmo que eles sejam mais baixos do que seriam com a inflação mais alta.

 

"O resultado das negociações está influenciado pela inflação e não pela crise econômica global, já que os ajustes nesse sentido se deram muito mais via emprego de que pelo salário".

E mais: "Muitas empresas demitiram antecipadamente em função da crise e quem permaneceu empregado teve o reajuste igual ou superior à inflação", disse.

 

A expectativa, de acordo com Silvestre, são as negociações que ainda devem ocorrer ainda no primeiro semestre e que, no segundo, elas sejam melhores, porque há sinais de que o pior momento da crise já tenha passado.

 

"Já há expectativa de que o Produto Interno Bruto [PIB] do país cresça mesmo que não o suficiente para anular o que foi negativo no primeiro semestre. E há também expectativa de que a economia volte a crescer em 2010".









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