Faculdade da Terra: estudantes afirmam que situação ficou ainda pior

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Brasília, quarta-feira, 16 de março de 2011 - 12:43

IRREGULARIDADES

Faculdade da Terra: estudantes afirmam que situação ficou ainda pior


Fonte: Jornal Alô Brasília

Alunos que se transferiram para Facicesp denunciam irregularidades

O que antes era uma instituição de ensino agora se tornou praticamente uma área abandonada.

A Faculdade da Terra de Brasília (FTB) teve seus dois campi fechados em fevereiro pelo Ministério de Educação e Cultura do Distrito Federal (MEC), por denúncias de irregularidades administrativas e fraudes acadêmicas.

Desde então, vários ex-alunos da FTB procuram se realocar em outras instituições e correm atrás do prejuízo. Contudo, muitos alegam que certas faculdades para onde migraram estão se aproveitando da situação para explorar os transferidos.

De todas as instituições, a que se tornou alvo das mais constantes reclamações, é a Faculdade Integrada Unicesp (Facicesp), no Recanto das Emas.

Como um dos campi da FTB ficava na mesma cidade, muitos estudantes preferiram se transferir para a Facicesp.

Alguns foram logo após o descredenciamento da FTB.

Outros tiveram que esperar pela burocracia da transferência para ingressaram mais tarde.

Segundo os próprios alunos, os valores das matrículas e mensalidades daqueles que entraram em diferentes períodos são cobrados de forma irregular, inclusive entre pessoas do mesmo curso.

Uma estudante de pedagogia, que preferiu não se identificar, se transferiu da FTB para a Facicesp recentemente e relatou a situação das mensalidades no seu curso.

“Quem entrou no princípio, assim que a FTB foi ameaçada de ser descredenciada, está pagando algo em torno de R$ 301. Para os que entraram depois disso, o valor subiu para R$ 358, pago em até oito vezes, e R$ 478, em seis vezes. Os que entraram por último, já pagam algo em torno de R$ 513”, disse a estudante.

Segundo Marcones de Alencar, um dos representantes do curso de Administração da FTB junto ao Ministério da Educação, a situação não se limita apenas aos estudantes de pedagogia.

Além das matrículas, as mensalidades também têm valores diferentes em outros cursos. Muitos, inclusive, levaram a questão diretamente ao MEC.

“Os que são do curso de Administração também passam pelo mesmo problema. Inclusive, os que se transferiram recentemente pagaram matrículas diferentes dos que entraram antes, o que não é permitido pelo MEC de forma alguma”, esclareceu.

O diretor da unidade do Unicesp no Recanto das Emas, professor Luiz Carlos Spaziani, negou qualquer irregularidade na faculdade e afirmou que as matrículas e mensalidades são cobradas corretamente.

Porém, a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação, responsável por acompanhar as transferências dos alunos da FTB, informou que a situação será investigada.

“O Unicesp será notificado pelo MEC e vai ser aberto um procedimento de supervisão, que é feito sempre que há uma irregularidade na oferta do curso. A faculdade será notificada nas próximas semanas. Quanto à situação dos alunos, só poderá ser definida após a conclusão do processo administrativo”, informou a Sesu.

Cursos não podem ser ministrados
Outro problema na Facicesp, levantado por alunos de Pedagogia e Administração, é quanto à autorização da instituição em lecionar os dois cursos.

Rogério Souza é um dos representantes do curso de Administração da FTB e foi informado, pelo próprio MEC, sobre a entidade não poder lecionar nos referidos cursos na unidade do Recanto das Emas.

Segundo Rogério, a instituição só teria permissão do MEC para lecionar na unidade do Guará, mas aceitou a transferência dos alunos da FTB no Recanto das Emas.

“A Unicesp recebeu os alunos, continuou dando os cursos com a grade do Guará, só que a única autorização que eles tem é lá. O MEC não permite extensão do curso sem autorização. Posteriormente, os alunos podem até entrar com uma ação, já que foram enganados”, ressaltou Rogério Souza.

Sobre a continuidade nos cursos, foi ventilado ao MEC pelos representantes dos alunos a possibilidade de permanecerem até o final do semestre, para não ser preciso interromper as aulas, mas o Ministério não se pronunciou até o momento.

“A instituição vai ter que transferir os alunos para outra unidade, ou os alunos vão solicitar a saída. Alguns estão desde janeiro, devido aos problemas anteriores com a FTB, pagando inclusive mensalidades, e não sabemos como vai ficar essa questão”, diz o representante do curso de Administração da FTB.









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