Brasília, terça-feira, 20 de novembro de 2012 - 16:42
DESIGUALDADE
Dieese: negros são os que mais sofrem com o desemprego
Fonte: Agência Brasil
Apesar de maioria da população economicamente ativa (PEA), os negros são os que mais sofrem com o desemprego
Os dados constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), referente a 2011, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceira com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) e o Ministério do Trabalho (MTE).
O levantamento divulgado nesta segunda-feira (19), leva em consideração as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, do Recife, de Salvador, São Paulo e do Distrito Federal.
Nas regiões pesquisadas, verificou-se uma participação superior da população negra na PEA, comparada à da parcela não negra.
De acordo com a pesquisa, à exceção de Fortaleza e Porto Alegre, onde as taxas de participação de negros e não negros eram semelhantes em 2011, nas demais regiões, as inserções no mercado de trabalho dos negros foram sempre mais elevadas.
Em Belo Horizonte, 57,3% da população negra participam da PEA, ante 56,7% da população não negra; no Distrito Federal o percentual é 63,7% (negra) e 62,7% (não negra); em Fortaleza, negra (58,1%) e não negra (58,4%); Porto Alegre, negra (57%) e não negra (57,1%); no Recife, 54,7% (negra) e 54,3% (não negra), em Salvador, negra (56,5%) e não negra (56,4%); e São Paulo, 63,7% (negra) e 62,9%(não negra).
“Apesar da intensidade da presença dos negros no mercado de trabalho metropolitano, esse segmento populacional ainda convive com patamares de desemprego mais elevados. No último ano, a proporção de negros no contingente de desempregados na maioria das regiões foi superior a 60%, exceto nas regiões metropolitanas de Porto Alegre (18,2%) e São Paulo (40,0%)”, diz a pesquisa.
Quando a análise é com base na cor da pele e também no sexo, destaca-se a discriminação sobre as mulheres negras – que sofrem as mais elevadas taxas de desemprego em comparação aos demais grupos, inclusive as mulheres não negras.
Na região metropolitana do Recife, a taxa de desemprego das mulheres negras (18,1%) e de não negras (13,60%). Em Fortaleza, mulheres negras (11%) e não negras (9,9%).
A pesquisa mostra ainda que a remuneração dos negros é inferior em todas as regiões metropolitanas pesquisadas. Em Salvador e São Paulo, a hora trabalhada dos negros correspondia, respectivamente, a 60,9% e 61%.
As situações menos desiguais foram encontradas em Fortaleza e Porto Alegre, onde os valores das horas trabalhadas dos ocupados negros equivaliam a 73,3% e 70,6% dos não negros, respectivamente.
Últimas notícias
SAEP convoca filiados para Assembleia de eleição dos delegados que irão para o 11º Conatee
5/6 - 17:53 |
SAEP apoia greve dos professores da rede pública; docente mal remunerado é descompromisso com educação de qualidade
3/6 - 18:24 |
Racismo: discriminação na UCB reacende debate, que sempre volta porque não é enfrenado como problema de Estado
3/6 - 16:3 |
A anistia aos golpistas é teratológica
21/5 - 15:22 |
Maio Laranja: proteger crianças e adolescentes é tarefa de todos
Notícias relacionadas
Comissão de Trabalho debate ambiente laboral saudável
7/5 - 16:1 |
A ilusão da “pejotização” impulsionada ao custo da CLT “memerizada”
26/4 - 18:10 |
Papa Francisco: pontífice progressista que apoiava o movimento sindical
26/4 - 18:3 |
SAEP e Sindepes negociam para fechar Convenção e reajustar salário
17/4 - 18:35 |
Orçamento federal 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.630