Mostra de Cinema reverencia Dia da Consciência Negra

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Brasília, terça-feira, 20 de novembro de 2012 - 17:8      |      Atualizado em: 25 de novembro de 2012

MUSEU DOS CORREIOS

Mostra de Cinema reverencia Dia da Consciência Negra


Fonte: Portal Vermelho

Ao longo de duas semanas, serão promovidas 24 sessões, em horários alternativos. A entrada é franca. Veja a programação

O Museu Nacional dos Correios abre uma mostra que promete revelar como a população afrodescendente tem sido retratada pelo cinema nacional ao longo dos últimos 50 anos. A mostra faz parte das comemorações do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.

É "O negro no cinema brasileiro", que acontece do dia 20 de novembro a 2 de dezembro de 2012, sob a curadoria do cineasta, professor e crítico de cinema Sérgio Moriconi. Ao longo de duas semanas, serão promovidas 24 sessões, em horários alternativos. Veja programação ao final do texto.

De terça a sexta-feira, as exibições acontecem às 12h30 e às 19h, visando oferecer uma oportunidade de unir descanso e informação para quem trabalha nas proximidades do Setor Comercial Sul (onde está o Museu Nacional dos Correios) e quer fugir do trânsito pesado.

Aos sábados e domingos, sessões às 15h e às 17h. A entrada é franca. A mostra tem o patrocínio exclusivo dos Correios.

No sábado, dia 24, logo após a sessão das 17h, palestra com o professor da Universidade de Brasília Rafael Sanzio dos Anjos, autor de textos como Dinâmica Territorial: Cartografia-Modelagem-Monitoramento, 2007, Quilombos: Geografia Africana - Cartografia Ética - Territórios Tradicionais, 2009 e Territorialidade Quilombola: Fotos & Mapas, 2011".

A mostra
O "Negro no cinema brasileiro" vai exibir títulos que percorrem a história do cinema no Brasil. A começar por Amei um bicheiro, de 1952, policial inspirado nos filmes noir, sobre o jogo do bicho e que contém a cena que o lendário ator Grande Otelo considerava a melhor de toda sua carreira: a morte de seu personagem, Passarinho.

O passeio continua com o clássico Orfeu Negro, 1959, de Marcel Camus, que venceu em Cannes e recebeu o Globo de Ouro ao transpor para o carnaval carioca da década de 50 o mito de Orfeu e Eurídice.

Um dos mais importantes filmes do cinema brasileiro, Assalto ao Trem Pagador, de 1962, dirigido por Roberto Farias, tinha como protagonistas os atores Eliezer Gomes, Grande Otelo, Ruth de Souza e Luíza Maranhão.

Na tela, a encenação de um fato real: o assalto ao trem da Central do Brasil, em 1960. Um título emblemático, A Rainha Diaba, 1974, de Antonio Carlos Fontoura, afirmou o imenso talento do ator Milton Gonçalves.

Na pele de um homossexual que dominava o tráfico de drogas na Lapa, no Rio de Janeiro, Milton arrebatou o Brasil. O filme foi premiado no Festival de Brasília.

Em 1998, o cineasta Renato Barbieri e o pesquisador Victor Leonardi percorreram o caminho trilhado pelos africanos feitos escravos no Brasil e conceberam o premiado Atlântico Negro – na rota dos Orixás, que mostra as afinidades existentes entre comunidades separadas pelo Oceano Atlântico.

Mas foi nos anos 2000 que se assistiu a um boom da presença do negro no cinema brasileiro. Títulos como Uma onda no ar, de Helvécio Ratton, e Madame Satã, de Karim Aïnouz, de 2002, apresentavam diferentes aspectos da realidade social da população afrodescendente no País.

Com seu filme sobre a criação de uma Rádio Comunitária numa favela de Belo Horizonte e da repressão policial que seus criadores vieram a sofrer, Ratton mostrou pessoas que tentam romper a rotina de tráfico e violência.

Karim Aïnouz em seu longa de estreia, Madame Satã, magnificamente protagonizado por Lázaro Ramos, retrata a vida do malandro homossexual que comandava a vida boêmia na Lapa. O filme recebeu prêmios no Brasil, em Havana, Cartagena e Buenos Aires, dentre outros.

Uma seleção de filmes que prova que – embora ainda marcado por temas ligados a uma realidade sócio-cultural de exclusão – o cinema contemporâneo tem tentado fugir do arquétipo e construir uma imagem afirmativa do negro e de sua cultura.


Programação

Dia 20/11 - terça-feira

12h30 – Ó, pai, ó – 96´
19h – Besouro – 94´

Dia 21/11 - quarta-feira

12h30 – Atlântico Negro – 54´
19h – Paulinho da Viola – meu tempo é hoje – 83´

Dia 22/11 - quinta-feira

12h30 – Amei um Bicheiro – 90´
19h – Madame Satã – 99´

Dia 23/11 - sexta-feira

12h30 – Quase dois irmãos - 104´
19h – Ó, pai, ó – 96´

Dia 24/11 - sábado

15h – A Falta que me faz – 85´
17h – Orfeu Negro – 90´

*Sessão seguida de palestra com o professor Rafael Sanzio dos Anjos

Dia 25/11 - domingo

15h – Atlântico Negro – 54´
17h – Besouro – 94´

Dia 27/11 - terça-feira

12h30 – Filhas do Vento – 85´
19h – Paulinho da Viola - meu tempo é hoje – 83´

Dia 28/11 - quarta-feira

12h30 – Assalto ao Trem Pagador – 103´
19h – Quase Dois Irmãos – 104´

Dia 29/11 - quinta-feira

12h30 – Uma Onda no ar – 92´
19h – Rainha Diaba – 99´
12h30 – Madame Satã – 99´SEXTA-FEIRA , 30.11
19h – Uma Onda no ar – 92´

Dia 1°/12 - sábado

15h – Rainha Diaba – 99´
17h – Amei um Bicheiro – 90´

Dia 2/12 - domingo

15h – Filhas do Vento – 85´
17h – Estamira – 121´









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