Brasília, quinta-feira, 10 de outubro de 2013 - 16:50
CAMPANHA SALARIAL
Trabalhadores dos Correios terminam greve após reajuste de 8%
Fonte: Agência Brasil
Apesar disso, federação dos trabalhadores avalia que acordo ainda não foi o ideal
Os Correios e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) confirmaram nesta quinta-feira (10) o fim da greve, iniciada em meados de setembro. A decisão foi tomada após assembleias realizadas na quarta (9), nos estados onde ainda havia paralisação de trabalhadores. De acordo com os Correios, serão necessários seis dias úteis para normalizar todos os serviços prestados pela empresa.
“Todos os sindicatos voltaram ao trabalho. Alguns, no entanto, decidiram manter o estado de greve [sem paralisação das atividades], caso dos sindicatos de Campinas, do Ceará e de algumas outras localidades. O que ainda preocupa é a possibilidade de alguns gestores fazerem retaliações a colegas que haviam aderido ao movimento”, disse o diretor da Fentect, James Magalhães.
Dissídio coletivo
Nas assembleias, os trabalhadores da estatal acataram a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o dissídio da categoria: reajuste salarial de 8% e de 6,27% nos benefícios. De acordo com o sindicalista, não haverá descontos dos dias parados, mas sim compensação das horas não trabalhadas. No máximo, duas horas por dia pelo período até 180 dias, destacou Magalhães.
“Essa compensação será feita apenas em dias úteis, pelos servidores que não registraram ponto eletrônico durante o período de greve”, disse. A greve dos Correios começou em 12 de setembro para alguns sindicatos, e no dia 17 para outros.
Na avaliação da Fentect, em âmbito geral, a finalização do processo não foi a ideal. “Mas foi boa, principalmente no que se refere à manutenção do plano de saúde nos moldes atuais, que continuará tendo como gestora a própria empresa. Ficamos insatisfeitos com o reajuste dos benefícios, que ficou em 6,27%. Achamos que ele poderia ser o mesmo dos salários [8%]”, acrescentou.
Falta diálogo
Outra crítica da entidade foi a dificuldade de diálogo com a estatal. “A empresa não dava ouvidos às reivindicações durante as reuniões. Não basta sentar à mesa. Tem de ouvir o que foi proposto e demonstrar interesse”, disse.
De acordo com os Correios, a dificuldade de diálogo teve influência do valor da proposta inicial, que causaria um impacto de R$ 31,4 bilhões na folha da empresa. “Tentamos negociar a todo momento. Prova disso é que o próprio TST decidiu julgar o dissídio por ´resistência da Fentect em negociar´”, informou a assessoria da estatal.
Sobre o plano de saúde, os Correios informam que nunca houve qualquer possibilidade de terceirização do serviço, que só pode ter alterações depois da aprovação do conselho formado por representantes da empresa e dos trabalhadores.
A Fentect tem a esperança de que os Correios acatem alguns pontos das reivindicações não citados pelo TST. É o caso da entrega de correspondências no período da manhã em todo o país, “e não em apenas em algumas localidades pontuais”, e a melhoria da segurança nas agências, “por causa dos assaltos frequentes a agências em Alagoas, no Maranhão, na Paraíba, no Ceará e no interior de diversos estados”.
Segundo os Correios, os estados onde ocorre entrega matutina são: Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Ainda este mês de outubro a entrega matutina será estendida para Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo. Com relação a investimentos em segurança, a previsão é que este ano sejam investidos cerca de R$ 109 milhões no setor.
“Todos os sindicatos voltaram ao trabalho. Alguns, no entanto, decidiram manter o estado de greve [sem paralisação das atividades], caso dos sindicatos de Campinas, do Ceará e de algumas outras localidades. O que ainda preocupa é a possibilidade de alguns gestores fazerem retaliações a colegas que haviam aderido ao movimento”, disse o diretor da Fentect, James Magalhães.
Dissídio coletivo
Nas assembleias, os trabalhadores da estatal acataram a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) sobre o dissídio da categoria: reajuste salarial de 8% e de 6,27% nos benefícios. De acordo com o sindicalista, não haverá descontos dos dias parados, mas sim compensação das horas não trabalhadas. No máximo, duas horas por dia pelo período até 180 dias, destacou Magalhães.
“Essa compensação será feita apenas em dias úteis, pelos servidores que não registraram ponto eletrônico durante o período de greve”, disse. A greve dos Correios começou em 12 de setembro para alguns sindicatos, e no dia 17 para outros.
Na avaliação da Fentect, em âmbito geral, a finalização do processo não foi a ideal. “Mas foi boa, principalmente no que se refere à manutenção do plano de saúde nos moldes atuais, que continuará tendo como gestora a própria empresa. Ficamos insatisfeitos com o reajuste dos benefícios, que ficou em 6,27%. Achamos que ele poderia ser o mesmo dos salários [8%]”, acrescentou.
Falta diálogo
Outra crítica da entidade foi a dificuldade de diálogo com a estatal. “A empresa não dava ouvidos às reivindicações durante as reuniões. Não basta sentar à mesa. Tem de ouvir o que foi proposto e demonstrar interesse”, disse.
De acordo com os Correios, a dificuldade de diálogo teve influência do valor da proposta inicial, que causaria um impacto de R$ 31,4 bilhões na folha da empresa. “Tentamos negociar a todo momento. Prova disso é que o próprio TST decidiu julgar o dissídio por ´resistência da Fentect em negociar´”, informou a assessoria da estatal.
Sobre o plano de saúde, os Correios informam que nunca houve qualquer possibilidade de terceirização do serviço, que só pode ter alterações depois da aprovação do conselho formado por representantes da empresa e dos trabalhadores.
A Fentect tem a esperança de que os Correios acatem alguns pontos das reivindicações não citados pelo TST. É o caso da entrega de correspondências no período da manhã em todo o país, “e não em apenas em algumas localidades pontuais”, e a melhoria da segurança nas agências, “por causa dos assaltos frequentes a agências em Alagoas, no Maranhão, na Paraíba, no Ceará e no interior de diversos estados”.
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