Brasília, quinta-feira, 24 de maio de 2012 - 20:16
VIOLÊNCIA URBANA
Lei de combate ao bullying passa a valer em instituições de ensino
Fonte: Correio Braziliense
Comportamentos que se enquadram nesse quadro são muitos, e vão desde agressão física à manipulação de um colega, indução ao preconceito, e isolamento do aluno
Uma nova lei pretende conscientizar, prevenir e combater o bullying nas escolas públicas e privadas do Distrito Federal. O texto foi publicado nesta terça-feira (22), no Diário Oficial.
A Lei Nº 4.837, que foi decretada pela Câmara Legislativa e sancionada pelo governador, define bullying como violência física ou psicológica intencional e continuada "com o objetivo de agredir, intimidar, humilhar, causar sofrimento e dano físico ou moral à vítima”.
Comportamentos que se enquadram nesse quadro são muitos, e vão desde agressão física à manipulação de um colega, indução ao preconceito, e isolamento do aluno.
Ainda segundo a lei, qualquer pessoa que tomar conhecimento de uma vítima de bullying pode formalizar a denúncia junto à direção da escola, na Secretaria da Educação, no Conselho Tutelar, no Ministéiro Público ou na Polícia Civil.
O texto prevê a realização de pesquisas para identificar causas e consequências do bullying.
A capacitação dos professores e pedagogos para identificar e lidar com esse tipo de violência, e a exigência dos estabelecimentos privados de realizarem programas de prevenção ao bullying são outras demandas.
Pelo decreto, serão necessários conselhos de segurança escolar para organizar seminários, palestras e debates, e também a distribuição de material didático especializado.
Na prática
O coordenador do Centro Especial de Ceilândia, Leonardo Jesus Mendes, acredita que a lei vai ajudar muito na luta diária dos docentes contra o bullying. Ele conta que na instituição que atende portadores de necessidades especiais, existiam muitos casos de preconceito.
Em uma ação conjunta com os pais, alunos e orientadores, o quadro está aos poucos mudando.
Na escola em que Leonardo atua, são organizados encontros de pais e de alunos, assim como eventos com palestras e peças de teatro, para conscientizar os alunos da visão inclusiva da escola.
Ele considera que esse trabalho gera resultados a longo prazo, e precisa de empenho das pessoas envolvidas.
Para ele, o resultado pode ser maior, agora que existe o amparo legal. “Com o embasamento jurídico é possível conversar com mais propriedade com os pais e os alunos”.
Últimas notícias
SAEP convoca filiados para Assembleia de eleição dos delegados que irão para o 11º Conatee
5/6 - 17:53 |
SAEP apoia greve dos professores da rede pública; docente mal remunerado é descompromisso com educação de qualidade
3/6 - 18:24 |
Racismo: discriminação na UCB reacende debate, que sempre volta porque não é enfrenado como problema de Estado
3/6 - 16:3 |
A anistia aos golpistas é teratológica
21/5 - 15:22 |
Maio Laranja: proteger crianças e adolescentes é tarefa de todos
Notícias relacionadas
SAEP apoia greve dos professores da rede pública; docente mal remunerado é descompromisso com educação de qualidade
21/5 - 15:22 |
Maio Laranja: proteger crianças e adolescentes é tarefa de todos
17/4 - 18:24 |
Caso Sarah Raissa impulsiona urgência por regulação de redes
9/4 - 8:24 |
MEC publica diretrizes operacionais para dispositivos digitais em escolas
20/3 - 16:47 |
Programa do governo apoia cursos pré-vestibulares populares