Dirigentes cobram igualdade de gênero em audiência pública

Brasília-DF, domingo, 8 de junho de 2025


Brasília, quarta-feira, 30 de abril de 2014 - 15:32

MULHERES

Dirigentes cobram igualdade de gênero em audiência pública


Fonte: Portal CTB

Sindicalistas pediram aprovação da PL da Igualdade, projeto que cria mecanismos para garantir igualdade entre mulheres e homens, com objetivo de coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho urbano e rural.

Em debate realizado nesta terça-feira (29), na Comissão de Trabalho da Câmara, parlamentares e dirigentes sindicais, a grande maioria mulher, cobraram da Casa Legislativa a aprovação imediata do Projeto de Lei 6.653, em tramitação desde 2009. Pelo SAEP, participou a dirigente Merilene Pinheiro.

Também conhecido como PL da Igualdade, o projeto, da deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), cria mecanismos para garantir a igualdade entre mulheres e homens, com o objetivo de coibir práticas discriminatórias nas relações de trabalho urbano e rural.

Por iniciativa do deputado Assis Melo (PCdoB-RS), a audiência pública reuniu representantes das centrais sindicais, da União Brasileira de Mulheres (UBM), da Unegro, da Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região/RJ, além de várias dirigentes sindicais e militantes da base sindical.

Para a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CTB, Ivânia Pereira da Silva, a luta conjunta das centrais é por um direito constitucional. "Estamos pleiteando a igualdade que está garantida em nossa Constituição Federal", explicou.

A dirigente criticou o sistema capitalista que criou a divisão de classe: a que oprime e a que é oprimida. "O medo dos empresários e do capitalismo é abalar a criação secular do sistema da divisão sexual". Ivânia Pereira alertou para a necessidade da realização de manifestações e mobilizações para que o projeto seja colocado de imediato na pauta de votações.

"Não podemos mais aceitar que esse projeto continue na gaveta e as mulheres continuem sendo discriminadas. Nós das centrais vamos reconhecer como responsabilidade desta Casa [Câmara] toda discriminação nas relações de trabalho, porque existe um instrumento que pode erradicar essa opressão às mulheres e a contribuição que queremos desta Casa é tratar igualmente aquelas que realizam trabalho igual", ressaltou a dirigente da CTB.

Segundo a procuradora do Trabalho, Lisyane Chaves Motta, a diferença entre homens e mulheres é fruto da cultura da sociedade, não biológica. "A grande necessidade de mudança é no campo cultural, que [esse debate] não fique só no campo da intensão. Nossa luta hoje é por afirmação".

Luta de classe
Para a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) a luta pela igualdade entre homens e mulheres vai além da Constituição. "Ela [a luta] é justa. Somos mais da metade da população do planeta e ainda amargamos muitas situações de desigualdades que devem ser superadas pelo bem da democracia no Brasil. Essa não é uma luta sexista, é contra um modelo econômico e uma cultura machista que estão impregnados na sociedade. É a luta do capital versus o trabalho e que precisa de solução".

A deputada petista Janete Pietá (SP) ressaltou que é preciso mudar, com mulheres que têm compromisso com a luta das mulheres. "Não adianta mudar por mudar".

Já a coordenadora da bancada feminina da Câmara dos Deputados, deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), lembrou que pautar projeto de interesse dos trabalhadores já é difícil, e para os temas de interesse das mulheres trabalhadoras a dificuldade é dupla. "Se existem obstáculos, temos que nos preparar mais", ponderou.

Agenda positiva
Durante o debate, o deputado Assis Melo, coautor do projeto, informou que o projeto da Igualdade faz parte da pauta prioritária dos trabalhadores, que pode ser apreciada na semana do trabalhador, que é um esforço da Câmara para votar projetos da pauta trabalhista como parte das atividades do 1º de Maio - Dia Internacional do Trabalhador.

"O debate é positivo e as centrais estão fazendo seu papel. Vamos fazer um esforço para que o projeto entre na pauta de votação na semana do trabalhador. O que falta [para entrar na pauta] é vontade política", disse o deputado, que também é dirigente da CTB.

Na próxima semana vai ser realizada comissão geral na Câmara para debater os projetos prioritários da agenda dos trabalhadores e tentar construir acordo para que sejam colocados em votação.









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com