Em 10 anos, dobrou presença de jovens brasileiros nas universidades

Brasília-DF, terça-feira, 17 de junho de 2025


Brasília, quarta-feira, 14 de outubro de 2009 - 16:40

DESENVOLVIMENTO

Em 10 anos, dobrou presença de jovens brasileiros nas universidades


Fonte: Brasília Confidencial

O Brasil tornou-se um país melhor para seu povo nos últimos 10 anos. A taxa de mortalidade infantil caiu 30%, a expectativa de vida aumentou em mais de 3 anos, menos brasileiros vivem na miséria, o acesso à escola foi universalizado para a população de 7 a 14 anos e a proporção de jovens nos cursos de nível superior dobrou.

Essas informações estão expostas e detalhadas na Síntese de Indicadores Sociais produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada ontem.
Leia as principais mudanças ocorridas na sociedade brasileira desde 1998 até o ano passado.


As mudanças de 1998 a 2008

Menos mortalidade infantil
A taxa de mortalidade infantil caiu 30%. Para cada grupo de mil nascidos vivos, 33 nasciam mortos em 1998; em 2008, para cada grupo de mil nascidos vivos, 23 nasceram mortos. No ano passado, a menor taxa de mortalidade infantil foi identificada no Rio Grande do Sul (13 por mil) e a maior em Alagoas (48 por mil).

Mais expectativa de vida
A esperança média de vida ao nascer aumentou em 3,3 anos – de 73 anos e 6 meses para 76 anos e 8 meses, no caso das mulheres, e de  65 anos e 9 meses para 69 anos e 3 meses, no caso dos homens.

Menos filhos
- Em 1998, o número médio de filhos que uma mulher teria ao fim do seu período fértil era estimado em quase 3. Em 2008, era inferior a 2. Os níveis mais baixos da taxa de fecundidade foram identificados no Sudeste, sobretudo nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo.

- A proporção de casais sem filhos cresceu de 13,3% para 16,7%.

- O percentual de mães adolescentes, com idade de 15 a 17 anos, diminuiu de 7,6% para 6,3%. No Sul do país o percentual caiu em mais da metade – de 8,5% para 4,0%.

Mais idosos; menos crianças, adolescentes e jovens
- Diminuiu a presença de crianças, de adolescentes e de jovens de até 24 anos no total da população. A parcela com menos de um ano diminuiu quase 28% – de 1,8% do total de brasileiros, em 1998, para 1,3%, em 2008. As crianças e adolescentes de até 14 anos, que formavam 30% da população nacional em 1998, passaram a formar 24,7% no ano passado.

- A proporção de pessoas com 60 anos ou mais, no conjunto da população, aumentou de 8,8% para 11,1%. O grupo de brasileiros com 80 anos ou mais cresceu nada menos do que 70% – aproximadamente mais 3 milhões – na década. O Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul continuaram sendo os estados com maior proporção de idosos.

Trabalho e Renda
- O percentual de famílias muito pobres (renda de até meio salário mínimo por integrante) diminuiu de 32,4%, em 1998, para 22,6%, em 2008. No Nordeste, a redução foi de 54,3% para 41,3%.

- Cresceu de 33% para 40,3% o percentual de mulheres com filho único e rendimento superior a dois salários mínimos.

- Aumentou de 38,1% para 49,1% o percentual de jovens de 16 a 24 anos com renda superior ao salário mínimo.

- A participação de pretos e de pardos na classe de renda mais alta aumentou de 8,2% para 15%.

- A presença das mulheres no mercado de trabalho aumentou de 42% para 47,2%, em todos os grupos etários, menos entre as meninas de 10 a 15 anos, cuja participação diminuiu quase à metade – de 11,5% para 6,4%.

- O percentual de mulheres de 20 a 24 anos que só trabalhavam aumentou de 38,1% para 42,1%, enquanto entre os homens o aumento foi menor – de 63,6% para 64,7%.

– No grupo de 16 a 24 anos, a taxa de atividade das mulheres subiu de 53,6% para 58,3%, enquanto a dos homens caiu de 79,2% para 76,5%.

- Aumentou de 64,8% para 68,5% a proporção dos jovens de 20 a 24 que estavam no mercado de trabalho.

- A proporção de jovens dedicados apenas a afazeres domésticos caiu de 20,9% para 17,1%.

- O rendimento dos jovens trabalhadores aumentou.

- Diminuiu o percentual de jovens trabalhando em jornadas longas, acima de 45 horas ou mais semanais: de 38,9%, em 1998, para 28,8%, em 2008.

Quem manda em casa
- Cresceu de 25,9% para 34,9% o número de mulheres chefes de famílias; e se multiplicou de 2,4% para 9,1% a proporção das mulheres que se declarou chefe de família mesmo com a presença de um cônjuge.

- Aumentou também, de 4,8% para 11,8%, a porcentagem de mães de 18 a 24 anos que são chefes de família.

Dobrou o número de universitários
- A proporção de jovens em cursos do ensino superior dobrou de 6,9% para 13,9%.  Houve aumento da frequência às universidades em todas as regiões do país.

- A participação de pretos e pardos de 18 a 24 anos de idade nas escolas de ensino superior foi quadruplicada de 7,1%, em 1998, para 28,7% no ano passado. Os brancos, que formavam dois terços dos universitários em 1998, passaram a formar 60,3% em 2008.

- A taxa de freqüência escolar aumentou de 57,9% para 79,8% entre crianças de 4 a 6 anos; e de 8,7% para 18,1% entre crianças de até 3 anos.


No cenário de 2008, novos e velhos desafios

Reda
- O valor médio da renda familiar mensal por pessoa era R$ 720 no ano passado, mas metade das famílias vivia com menos de R$ 415 (à época, um salário mínimo) por pessoa. O rendimento médio no Sudeste (R$ 500) era o dobro do registrado no Nordeste.

- Nas famílias com filhos de até 16 anos, 42,8% dos casais e 51,4% daquelas chefiadas por mulheres sem cônjuge viviam com renda inferior a R$ 249 por pessoa.

- Quase metade dos jovens com idade entre 16 a 24 anos ganhava mais de um salário mínimo.

Frequência escolar
- A taxa de freqüência escolar das crianças de até 6 anos e dos adolescentes entre 15 e 17 anos continuava fortemente associada à renda das famílias. Quanto menor a renda, menor a presença na escola.

- Na faixa dos 7 aos 14 anos de idade, correspondente ao ensino fundamental, o acesso à escola estava praticamente universalizado.

- 8,2% dos jovens nordestinos de 18 a 24 anos freqüentavam a escola; no Sul, eram 19,0%.

- Em 2008, o tempo médio de estudo da população com 15 anos de idade e mais era de 8,3 anos, no caso das pessoas de cor branca, e de 6,7 e 6,5 anos, no caso de pretas e pardas. Essa diferença se mantém constante ao longo dos anos e é marcante, especialmente, no Sul e Sudeste.

- Na faixa etária de 25 anos e mais, a proporção de pessoas com curso superior concluído era de 14,3% entre brancos e de 4,7% entre pretos ou pardos.

Mulheres
De cada cem mulheres, 52 trabalhavam ou procurando emprego em 2008 – especialmente as de idade entre 15 e 19 anos. Destas, 70% estudavam.

- A escolaridade média das mulheres era superior a dos homens, tanto nas cidades quanto nas áreas rurais.

- De cada 100 pessoas com 12 anos ou mais de estudo, quase 57 são mulheres. Essa diferença foi identificada em todos os estados e se mostrou especialmente acentuada no Maranhão, Piauí, Sergipe, Pernambuco, Tocantins e Mato Grosso do Sul.

- Em todas as posições na ocupação, a renda média dos homens era maior do que o das mulheres. A menor diferença de renda ocorre entre homens e mulheres que trabalham sem carteira assinada.

- Enquanto 15,8% das mulheres ocupadas eram trabalhadoras domésticas, menos de 1% dos homens ocupados estavam nesta categoria.

- Do total das mulheres ocupadas em 2008, 87,9% declararam cuidar dos afazeres domésticos. Entre os homens, foram 46,1%. Além disso, as mulheres dedicavam 20,9 horas por semana a essas atividades; os homens, 9,2 horas.

- A renda média das trabalhadoras domésticas sem carteira era R$ 298, enquanto a dos trabalhadores chegava a R$ 404.

- 136 mil meninas de 10 a 15 anos trabalhavam como empregadas domésticas no ano passado.

Idosos
- A população com 60 anos ou mais era formada, no ano passado, por 21 milhões de pessoas, das quais 9,4 milhões tinham 70 anos ou mais.

- 23,3% dos idosos chefiavam famílias e 33% viviam com os filhos. A maior proporção de idosos responsáveis pelos domicílios estava no Sudeste (24,9%) e a menor no Norte (17%). Nas regiões Norte e Nordeste, mais de 50% dos idosos viviam com seus filhos.

Entre as mulheres idosas, 47,3% moravam com seus filhos, 11,4% declararam não ter filhos vivos e 36,9% não moraram com seus filhos.

- 11% dos idosos brasileiros tinham renda familiar mensal inferior a meio salário mínimo por pessoa; 32,2% não sabiam ler e escrever e 51,4% tinham menos de 4 anos de estudo.

Migrantes e estrangeiros
- Os migrantes eram 19,7 milhões em 2008. A maior parte (10,5 milhões) era formada por nordestinos que foram, predominantemente, para a Região Sudeste – mesmo destino da maioria (70,3%) das 704 mil pessoas que vieram de outros países.

- O segundo maior grupo de migrantes era formado por nascidos no Sudeste que se deslocaram, predominantemente, para estados do Centro-Oeste – destino semelhante ao da maioria das pessoas que saíram da Região Norte.









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com