Brasília, terça-feira, 21 de junho de 2016 - 12:19
GOLPE EM QUEDA
“O governo Temer acabou,” avalia líder partidário
Fonte: Portal Vermelho
Interino corrupto e ilegítimo praticou golpe notório no governo eleito
A corrupção entranhada no governo ilegítimo de Michel Temer exige que sua interinidade seja interrompida o mais rápido possível. A avaliação é do líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida (BA), que considera que os pedidos de prisão contra Eduardo Cunha, José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá são um atestado de que o interino não tem condições mínimas de seguir nem mesmo provisoriamente no comando do Brasil.
"Os pedidos de prisão atingem o núcleo da conspirata que promoveu o golpe," diz o parlamentar. "Os pedidos de prisão atingem o núcleo da conspirata que promoveu o golpe," diz o parlamentar. Para Daniel Almeida, o Supremo está dando o mesmo tratamento que foi dispensado ao senador Delcídio Amaral, preso por obstrução de justiça, sendo que agora a situação é mais grave.
"É um elemento a mais a agravar a crise, demonstrando a inviabilidade do golpe que não pode continuar. Os pedidos de prisão atingem o núcleo da conspirata que promoveu o golpe," diz o parlamentar. Neste cenário, ele defende a realização do plebiscito como um caminho possível para superar a crise política do país. "A população deve ser consultada sobre o rumo a tomar, se a solução é antecipar ou não as eleições", afirma o líder comunista.
A deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) , que também avaliou os últimos acontecimentos, defende que a presidenta retorne ao Palácio do Planalto. "O pedido de prisão só demonstra o que já vínhamos denunciando: que se trata de um bando que assaltou o poder central do país e que conspirou para derrubar uma presidenta legitimamente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros. É preciso não somente exigir suas prisões, mas também que seu governo seja colocado de volta. Isso demonstrará respeito ao povo e valorizará a democracia brasileira," afirma.
Prisão para os peemedebistas
Conforme notícias veiculadas na mídia nesta terça-feira (7), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu as prisões ao Supremo Tribunal Federal (STF) há pelo menos uma semana. Ele argumenta que as gravações do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, com o ex-presidente da República, José Sarney; o ex-ministro de Temer, Romero Jucá e o presidente do Senado, Renan Calheiros, apontam para uma operação coordenada para barrar as investigações da Lava Jato.
Nos áudios divulgados, há inclusive discussão sobre mudança da lei que permite as delações premiadas que atingem políticos. Quanto a Cunha, o problema é que ele foi afastado, mas continuou interferindo nos trabalhos legislativos da Câmara. O peemedebista foi um dos grandes articuladores do golpe contra a presidenta Dilma Rousseff.
As solicitações que estão nas mãos do ministro do STF, Teori Zavascki, inclui ainda o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado, tendo como base argumentos similares ao pedido que afastou Cunha da presidência da Câmara e do mandato de deputado federal.
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