Brasília, sexta-feira, 25 de setembro de 2009 - 17:39
CONECTADOS
DF lidera acesso à internet, de cada 100 casas, 54 tem um computador
Fonte: Correio Braziliense
Na capital federal, mais da metade das casas têm computadores ligados à rede mundial, ficando à frente de São Paulo

Os brasilienses são mais conectados à rede mundial de computadores do que qualquer outro brasileiro. De cada 100 casas da capital federal, 54 tem um computador, e, destas, 45 acessam à internet.
Ou seja, são 403 mil micros em domicílios, sendo que 338 mil estão ligados à rede. A média brasileira é de 23,83% das residências com internet. São Paulo aparece em segundo lugar, com 35,09% de lares conectados.
Em cinco estados do Norte e Nordeste, o número de casas com acesso à internet não chega a 10%, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referentes a 2008, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A maciça presença de computadores em domicílios se deve à renda elevada da cidade — a mais alta do país, segundo a pesquisa, além das facilidades de acesso aos produtos eletroeletrônicos.
"O boom do crédito permitiu às famílias adquirirem os bens duráveis", afirma a analista da Pnad Adriana Beringuy.
O número de acesso cresce a cada ano. Em 2003, um quarto das casas tinha computador com internet. Naquele ano, 539 mil pessoas contavam com a facilidade. Em 2008, o volume duplicou: 1,167 milhão de brasilienses.
Somente no último ano, 192 mil pessoas passaram a ter acesso à internet em casa — um crescimento de 19% em relação a 2007. Além da queda dos juros e prazos longos verificados no comércio, o brasiliense contou com uma retração dos preços.
Os microcomputadores ficaram 4,12% mais baratos somente nos últimos 12 meses, enquanto, na média nacional, eles ficaram 2,65% mais caros, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV) para compor o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S). Os serviços de internet tiveram os valores reduzidos na cidade: -0,16%.
A retração dos preços e a facilidade para comprar beneficiaram as pessoas de renda mais baixa. Em 2003, apenas 6,15% das famílias com rendimento mensal de até 10 salários mínimos — atualmente de R$ 4.650 — tinham internet em casa.
No ano passado, elas somavam 19,38% de um total de 502 mil residências que se enquadram nessa faixa.
A facilidade de estender o prazo de pagamento beneficiou a moradora do P-Sul Leidiane Pereira Cavalcanti, de 18 anos. Seu notebook foi comprado em 10 vezes de R$ 200. As prestações representam uma economia para a família, conta.
"Quando a gente ficava sem internet em casa, eu ia para a lan house direto. Chegava a gastar até R$ 100 por mês, mas agora esse problema foi resolvido."
A jovem, que acabou de concluir o ensino médio, navega pela internet oito horas por dia acessando sites de emprego, e-mail, msn e portais de notícia, além de se comunicar com familiares do Ceará e do Piauí.
"Hoje em dia, o acesso ao computador está muito fácil."
Necessidade
Na casa da família Albuquerque Rosa, computador é que não falta. Os seis moradores da Asa Norte têm que compartilhar dois computadores de mesa e um notebook.
A mãe, a advogada Lúcia Fayad, 52, confessa: "Se tívessemos mais um ajudaria bastante". Ela explica que as máquinas são muito usadas para serviços de transação bancária, compras, assuntos profissionais e entretenimento.
Os quatro filhos, Rodrigo, 22, Rogério, 20, Renata, 18, e Renan, 16, todos de sobrenome Fayad de Albuquerque Rosa, usam a internet cerca de três horas diárias.
Lúcia admite que, hoje, ter um micro em casa é necessidade. "Atualmente, computador passou a ser uma peça doméstica de utilidade tanto quanto fogão, TV e geladeira", alega.
"Há 10 anos era diferente. Comprar computador era muito caro e lembro até que precisamos financiar nosso segundo micro pelo Banco do Brasil", reitera. Os mais novos da residência, Renata e Renan, pensam em adquirir seus próprios notebooks.
Somando, a família terá cinco aparelhos. Uma amostra de que a quantidade dessas máquinas tem importado cada vez mais para os lares brasilienses.
O número
Gastos
1,05%
Percentual da renda dos moradores do DF destinado ao pagamento de serviços de internet. A média nacional é de 0,39%. Para efeito de comparação, o brasiliense gasta 0,32% do rendimento para comprar arroz e feijão, segundo números da Fundação Getulio Vargas (FGV)
O número
1,167 milhão
Total de brasilienses com acesso à internet dentro
de suas casas, segundo o IBGE
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