Brasília, quarta-feira, 18 de maio de 2016 - 12:16
EFEITO TEMER
Em três dias úteis, governo Temer mostra incoerência e pede paciência
Fonte: HuffPost Brasil
Polêmicas envolvem ministério de homens brancos e investigados

"Paciência. Não estou sendo bem compreendido. Estou sendo incapaz de transmitir a vocês com competência aquilo que vocês me perguntam", disparou o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Ele frisou que são apenas dois úteis de governo e exigências como se estivessem no comando há quatro anos.
A ira do ministro se deve a má repercussão das idas e vindas dos três dias úteis de governo do presidente em exercício Michel Temer. A estrutura Temer tem corrido para recuar da impressão negativa de medidas tomadas pelo governo desde o momento em que ele foi instalado.
Primeiro, o governo montou um ministério de homens brancos. Em seguida, após declarações controversas dos ministros para justificar como o comando da pasta foi escalado, o presidente em exercício confirma a economista Maria Silva Bastos Marques para a presidência do BNDES.
Ainda na composição do ministério, a extinção da pasta da Cultura foi considerada um tiro no pé. Após críticas de artistas, servidores do ministério e ativistas, o governo recuou novamente e sinaliza a criação da Secretaria de Cultura, vinculada a Presidência.
Depois da posse, as primeiras declarações do primeiro escalão de Temer foram mal recebidas e a reação do governo também foi recuar. Os ministros da Justiça, Saúde e Fazenda foram os primeiros a bater cabeça com o núcleo duro do Planalto.
No comando da Justiça, Alexandre de Moraes sugeriu, em entrevista à Folha de S.Paulo, a alteração na regra atual para a escolha do procurador-geral da República. No mesmo dia, ele foi desautorizado pelo presidente em exercício.
Ricardo Barros, da Saúde, passou pela mesma situação. Também em entrevista à Folha, o ministro defendeu uma revisão no Sistema Único de Saúde (SUS). Em seguida, recuou e disse que o sistema está estabelecido.
Já Henrique Meirelles sugeriu a recriação da CPMF como uma das apostas para tirar o País da crise. Sem acordo sobre o tema, o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Geddel Vieira Lima, questionou a medida. Segundo ele, não é o momento de o governo propor a criação de mais um imposto.
Todas essas idas e vindas geraram uma reação inusitada no ministro da Secretaria de Governo. De maneira irônica, Geddel enfatizou que a política tem um tempo diferente do da notícia.
"São dois dias de governo, ainda estou nomeando a minha equipe, a sensação é que estamos em um governo de 4 anos, com transição de 90 dias para se preparar, por isso faço o pedido de paciência, as pessoas estão cobrando determinadas ações que precisam de prazo mínimo", defendeu.
Últimas notícias
TCDF quer sua opinião sobre transporte público coletivo por ônibus
17/4 - 18:35 |
Orçamento federal 2026 prevê salário mínimo de R$ 1.630
17/4 - 18:24 |
Caso Sarah Raissa impulsiona urgência por regulação de redes
11/4 - 15:59 |
SAEP inicia discussão com patronal para recuperar perda salarial da categoria
9/4 - 17:14 |
Convenção coletiva da categoria é prorrogada por mais 30 dias
Notícias relacionadas
Caso Sarah Raissa impulsiona urgência por regulação de redes
27/2 - 17:0 | SOCIEDADE
Vai curtir os blocos de rua no Carnaval? Saiba como se manter saudável
10/2 - 10:22 |
Dispensa de IR para até R$ 5 mil beneficiará categoria
28/1 - 19:5 |
21 anos da Chacina de Unaí
13/1 - 21:5 |
Presidente Lula sanciona PL que proíbe celular em salas de aula