Brasília, sexta-feira, 22 de outubro de 2010 - 20:9
ELEIÇÕES 2010
Datafolha: Dilma (PT) cresce e abre 12 pontos sobre Serra (PSDB)
Fonte: Folha de S.Paulo
Dilma Rousseff ampliou sua vantagem no segundo turno da corrida presidencial. O crescimento da candidata, detectado durante a semana pelos institutos Vox Populi, Ibope e Sensus, foi confirmado nesta sexta-feira (22) pelo Datafolha, que aponta Dilma com 56% dos votos válidos. O tucano José Serra, em queda, tem 44%
É a maior diferença entre os presidenciáveis já registrada pelo Datafolha em 19 dias de disputa após o primeiro turno. Em relação à semana passada, Dilma cresceu dois pontos percentuais, enquanto Serra perdeu dois.
Embora as oscilações de cada candidato tenham sido no limite da margem de erro, o cenário é claramente favorável a Dilma.
Sua vantagem para Serra passou, em sete dias, de oito para 12 pontos percentuais. Além disso, 88% dos brasileiros declaram-se totalmente decididos sobre em quem votar no dia 31, e apenas 10% cogitam mudar de opinião.
A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.536/2010.
O Datafolha entrevistou 4.037 pessoas, na quinta-feira (21), em 243 cidades. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.
Nos votos totais, Dilma aparece com 50% (tinha 47% há uma semana). Serra tem 40% (contra 41% do levantamento anterior).
Os que dizem votar em branco, nulo ou nenhum continuaram estáveis, com 4%. Os indecisos oscilaram de 8% para 6%.
Os votos da terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PV), registraram um movimento favorável a Dilma nesta semana.
A petista cresceu oito pontos nesse grupo, de 23% para 31%. Já Serra, em contrapartida, sofreu uma queda de cinco pontos entre os "marineiros" - de 51% para 46%.
O Datafolha registrou também um fenômeno comum nesta época em períodos eleitorais: aumentou a audiência do horário eleitoral dos candidatos na TV.
Nesta semana, 63% afirmaram ter assistido pelo menos uma vez à propaganda. Na semana passada, o percentual era de 52%.
A força de Lula
O avanço de Dilma teve como alavanca principal o seu desempenho no Nordeste, combinado com um novo recorde de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No Nordeste (cerca de 27% dos eleitores do país), Dilma cresceu cinco pontos em uma semana, indo de 60% a 65% das intenções de voto.
Já Lula registrou nesta semana 82% de aprovação para o seu mandato (respostas "bom" e "ótimo"). É a maior taxa desde quando assumiu o Planalto, em janeiro de 2003 - e também a melhor marca já apurada pelo Datafolha para todos os presidentes civis desde 1985.
Ao mesmo tempo, Dilma oscilou positivamente entre os que acham o governo Lula bom ou ótimo. Ela tinha 56% na semana passada e foi a 58%.
Esse movimento coincide com a presença mais frequente do presidente na propaganda de TV da coligação. Já Serra continua estável com 33% de intenção de votos entre os que aprovam o governo Lula.
Quando se consideram as regiões do país, o tucano só lidera no Sul, com 50% (tinha 48% semana passada) contra 39% da petista (cujo percentual era de 40%).
No Nordeste, a vantagem de Dilma é de 37 pontos, pois Serra pontua 28% na região. No Norte e no Centro-Oeste combinados, Dilma tem 49% contra 42% do tucano.
No Sudeste, região com o maior eleitorado do país (cerca de 43% do total), Dilma continou sua trajetória ascendente e já ultrapassou Serra.
Logo depois do primeiro turno, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando tinha 41% no Sudeste.
Na semana passada, foi a 43%. Agora, está com 44% e numericamente à frente de Serra, cujo percentual é de 43% (o tucano começou o mês com 44%).
Dilma também reverteu sua perda de votos entre certos grupos religiosos. No estrato de eleitores que se declaram católicos (62% do total do país), tinha 51% na semana passada e foi a 54% agora. Serra manteve-se estável em 38%.
No segmento de espiritistas kadercistas (3% do total), Dilma foi de 36% para 46% em uma semana. Serra despencou de 53% para 42%.
Já no segmento de eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos (46% da população), Dilma melhorou quatro pontos: foi de 51% para 55%. Serra oscilou de 36% para 34%.
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