Brasília, segunda-feira, 6 de dezembro de 2010 - 9:22
SAÚDE PÚBLICA
GDF recorre ao Exército para aumentar combate à dengue
Fonte: Correio Braziliense
Infecções no DF cresceram 2.800% este ano; 12.363 sofreram com os sintomas
Diante da falta de agentes de Vigilância Ambiental para combater os focos do mosquito da dengue, a saída encontrada pela Secretaria de Saúde foi buscar parcerias.
No mês passado, o governo local fechou um acordo com o Exército, que liberou 100 militares para percorrer casas e comércios nas áreas de risco.
Agentes comunitários de saúde e integrantes do programa Saúde da Família também aproveitam as visitas a pacientes para checar possíveis focos do Aedes aegypti.
Moradores de regiões com grandes números de casos e aqueles que sofreram com a dengue atuam como fiscais, monitorando os vizinhos e cobrando a limpeza de terrenos baldios.
A regra é acabar com criadouros de mosquitos antes do início do verão, quando o número de casos costuma crescer.
A Vila Planalto foi uma das áreas mais atingidas pela epidemia de dengue este ano. Foram 730 casos de janeiro até agora. Por conta do surto localizado, a região virou símbolo da luta contra a doença.
O Serviço de Limpeza Urbana realizou mutirões de limpeza, o Exército visitou a área para alertar a comunidade sobre as formas de prevenção e líderes comunitários se engajaram na causa.
Agora, com a volta da ameaça da contaminação, os moradores permanecem atentos ao combate à doença. Mas em algumas partes da Vila Planalto ainda é comum encontrar lixo e entulho acumulados.
Casos concentrados
No Lago Sul, houve 36 casos desde janeiro. Mas pelo menos 22 desses registros ocorreram nos conjuntos 2 e 3 da QI 28 do bairro.
O foco da doença provavelmente estava em terrenos ociosos e casas fechadas dessas ruas. Em algumas residências, famílias inteiras tiveram dengue.
Desde então, agentes da Vigilância Ambiental visitam esses conjuntos rotineiramente para alertar a comunidade sobre a importância de combater os focos do mosquito.
Em 2009, o índice de infestação predial ficou em 1,7%, o que se configura como uma situação de alerta, ou seja, os agentes encontraram larvas do mosquito em 1,7% das residências visitadas.
Em 2010, o índice foi considerado satisfatório: 0,6%. Mas isso não impediu o surgimento da epidemia de dengue este ano no Distrito Federal.
O coordenador do Programa de Combate à Dengue da Secretaria de Saúde do DF, Aílton Domício, conta que, diante do deficit de agentes de vigilância, o GDF solicitou ao Exército 500 militares para o combate à dengue. Mas apenas 100 foram liberados e já estão nas ruas.
"Também temos a expectativa de receber mais 25 da Aeronáutica e 25 da Marinha. Pedimos o apoio por 45 dias mas, possivelmente, vamos pedir a prorrogação por igual prazo. Esse apoio vai ser essencial para controlar o número de casos com a chegada da chuva", explica Aílton.
Rosso
Na semana passada, o governador Rogério Rosso divulgou as ações de combate à dengue e afirmou que a situação está sob controle.
Segundo ele, as áreas mais suscetíveis à doença nesta nova temporada chuvosa são Arniqueiras, Colônia Agrícola Samambaia e o Setor Habitacional Jardim Botânico.
Ele negou que haja riscos de uma nova epidemia, mas não mencionou a possibilidade de contratação de novos agentes de Vigilância Ambiental.
Rosso afirmou que os administradores regionais e a Agência de Fiscalização do DF (Agefis) vão receber uma recomendação para atuar com mais rigor na autuação de proprietários de terrenos onde forem identificados entulhos e possíveis focos do Aedes aegypti.
"Essas pessoas serão multadas. Esse trabalho já está sendo feito, vamos apenas intensificar", explicou o governador.
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