Brasília, terça-feira, 28 de janeiro de 2025 - 19:5
21 anos da Chacina de Unaí
Dia 28 de fevereiro de 2004, auditores-fiscais do Trabalho foram assassinados enquanto cumpriam o dever de coibir exploração de trabalhadores. Evento, em frente ao MTE, homenageou as vítimas
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O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo foi criado como homenagem aos profissionais que perderam a vida em serviço. Lembrar a data serve como alerta para a importância de fortalecer o Estado para atuar no combate ao trabalho escravo Brasil adentro.
Auditores-fiscais do Trabalho, do MTE, desempenham papel crucial no combate a essas explorações. São responsáveis pela fiscalização do trabalho em áreas urbanas e rurais, sendo muitas vezes alvos de represálias.
Há 21 anos, os auditores Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, além do motorista Aílton Pereira de Oliveira, foram assassinados em Unaí, dia 28 de janeiro de 2004, quando investigavam denúncias de trabalho escravo em uma das fazendas de Norberto Mânica.
O primeiro julgamento dos envolvidos no crime foi em 2015, mas acabou anulado a pedido da defesa. Nos anos seguintes, o caso teve andamento, com condenações sucessivas de 5 executores — 1 deles, o contratante, faleceu durante cumprimento de prisão domiciliar.
Condenações
Intermediários responsáveis por contratar os pistoleiros, José Alberto de Castro foi condenado e preso, em setembro de 2023. Desde novembro daquele ano, cumpre pena na Penitenciária de Unaí. O empresário Hugo Alves Pimenta também foi condenado e preso, em fevereiro de 2024, pela Polícia Federal.
Entre os mandantes, o principal é Antério Mânica, ex-prefeito da cidade. Ele foi condenado a 99 anos, 11 meses e 4 dias de prisão. O irmão dele, Norberto Mânica, que estava foragido desde setembro de 2023, foi preso dia 15 de janeiro de 2025, na Serra Gaúcha.
Com informações do Sinait.
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