Morre em São Paulo, aos 81 anos, o ex-presidente Itamar Franco

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Brasília, segunda-feira, 4 de julho de 2011 - 12:8

PERSONALIDADE POLÍTICA

Morre em São Paulo, aos 81 anos, o ex-presidente Itamar Franco


Fonte: Diap, com agências

Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 21 de maio para tratar de leucemia

O ex-presidente e senador Itamar Franco (PPS-MG), de 81 anos, morreu na manhã do último sábado (2).

Ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 21 de maio para tratar de leucemia.

Desde então, ele permanecia licenciado de suas atividades no Senado. Nos últimos dias, o ex-presidente apresentou um quadro de pneumonia grave e precisou ser transferido para a UTI do hospital. O enterro foi em Juiz de Fora (MG).

Deverá assumir o mandato no Senado, o primeiro-suplente José Perrela de Oliveira Costa (PDT-MG).

Baiano no registro civil, Itamar se tornou um dos mais destacados e comentados políticos mineiros das últimas décadas. Para o País, surgiu na eleição presidencial de 1989, como candidato a vice de Fernando Collor de Mello.

Terminou por assumir a Presidência da República após o impeachment do ex-governador alagoano, com quem vivia às turras.

Mesmo entre os mais críticos, Itamar costumava ser reconhecido pela retidão ética. Igual reconhecimento ele sempre cobrou em relação ao legado da estabilidade do País.

Econômica, com o lançamento do Plano Real durante seu governo, e política, com a transição bem sucedida após o desastroso desfecho da gestão Collor.

Com seu indefectível topete, o ex-presidente também chamou muita atenção pelo estilo intempestivo, muitas vezes enigmático. Protagonizou situações embaraçosas e embates memoráveis. Se dizia nacionalista e abusava era das referências às ´montanhas de Minas´.

Como político, o engenheiro Itamar gostava dos cálculos bem pessoais. Orgulhava-se de ter sido fundador do MDB, posterior PMDB, mas não fazia cerimônia: deixava o partido toda vez que seus interesses eram contrariados.

O ex-presidente também melindrava facilmente e não raro surpreendia aliados com rompantes de fúria. Atribui-se a Tancredo Neves a frase de que Itamar guardava o ´ódio na geladeira´.

Em um ponto, porém, detratores e apoiadores concordam: na política, o acaso costumava conspirar a seu favor.

Trajetória. Itamar nasceu em 28 junho de 1930 a bordo de um navio de cabotagem, no mar entre o Rio de Janeiro e Salvador.

A mãe, dona Itália Cautier, havia ficado viúva de Augusto César Stiebler Franco pouco antes do nascimento do filho e o registrou na capital baiana, onde morava um tio.

Mas Itamar cresceu e tomou gosto pela política em Juiz de Fora (MG), origem de sua família. Estudou no Granbery, o mais tradicional colégio da cidade da Zona da Mata mineira.

Na rigorosa instituição, vinculada à Igreja Metodista, se tornou destaque do time de basquete.

Concluiu o curso Engenharia Civil em 1955 e naquele mesmo ano estreou na política se filiando ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em vão, tentou se eleger vereador em 1958 e vice-prefeito em 1962.

Alcançou o primeiro cargo público - a prefeitura da cidade - cinco anos depois, já filiado ao antigo MDB após o golpe militar de 1964 e o estabelecimento do bipartidarismo. Ficou no Executivo municipal até 1971.

No ano seguinte, conquistou um novo mandado na prefeitura, mas em 1974 renunciou e foi eleito senador por Minas Gerais.

Já no PMDB, após o restabelecimento do pluripartidarismo, Itamar foi reeleito para mais um mandato de senador em 1982, na chapa que levou Tancredo Neves ao governo de Minas.

Em 1986, deixou o PMDB e filiou-se ao PL para disputar o governo de Minas. Acabou derrotado justamente pelo peemedebista Newton Cardoso, que havia lhe fechado as portas no antigo partido.

Itamar voltou ao Senado, participou dos trabalhos da Assembleia Constituinte, mas antes de encerrar o mandato aceitou o convite do então jovem governador de Alagoas, Fernando Collor de Mello, para compor como vice a chapa vitoriosa na campanha presidencial de 1989.

O senador por Minas deixou então o PL (Partido Liberal) para ingressar no obscuro Partido da Reconstrução Nacional (PRN).

As rusgas com Collor começaram ainda na campanha. Tanto que o presidenciável teria solicitado uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se poderia trocar seu candidato a vice.

Suplente
Zezé Perrela é ex-deputado federal, e ex-deputado estadual, Perrela é empresário do ramo de frigoríficos e pecuarista, com patrimônio declarado de R$ 490 milhões.

Foi presidente do Sindicato das Indústrias de Carne e Derivados e de Frios de Minas Gerais (Sinduscarne) entre 1992 e 1997.

Também foi diretor da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) entre 1998 e 2001. As principais regiões de atuação política do mineiro são a Central, Noroeste e Centro-Oeste.

Perrela foi eleito pelo PFL em 1998 para a Câmara dos Deputados, atingindo a segunda maior votação entre os candidatos em Minas Gerais. Ocupou o cargo por um único mandato (1999-2003).

Em 2002, candidatou-se ao Senado, obtendo 2,94 milhões de votos, quarta colocação no Estado. Em 1996, foi eleito deputado estadual pela primeira vez, exercendo o cargo até o início deste ano.

Futebol
Zezé assumiu a presidência do Cruzeiro pela primeira vez no biênio 1995/96, dando início à "dinastia´´ da família Perrela no clube mineiro. Posteriormente, ele venceu duas eleições seguidas para os triênios 1997/98/99 e 2000/01/02.

Nesse período, o dirigente conquistou 14 títulos, sendo a Copa Libertadores de 1997 o mais importante deles. O irmão de Zezé, Alvimar de Oliveira Costa, sucedeu-o a partir de 2003 e comandou o Cruzeiro até 2008, em dois triênios.

No fim de 2008, Zezé Perrella voltou ao cargo maior do clube ao derrotar o candidato Márcio Rodrigues, representante único da oposição, por 375 votos a 49.









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