Brasília, segunda-feira, 11 de maio de 2009 - 17:19
TRANSPORTE
VLT é esperança da W3
Fonte: Jornal da Comunidade
A implantação do novo sistema de transporte pode ser gancho para modificações necessárias à avenida

A implantação do veículo leve sobre trilhos (VLT) acende a esperança de revitalização do comércio na W3, uma das principais avenidas do Plano Piloto de Brasília que liga a cidade de uma ponta a outra, em toda a extensão das asas Norte e Sul.
No último mês, o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar) manifestou sua preocupação com a decadência comercial da via, com a divulgação do levantamento feito pela entidade que apontou existirem 126 lojas fechadas ao longo da avenida.
O sindicato diz que é preciso repensar a W3 para evitar maior desvalorização dos imóveis comerciais e residenciais em suas margens.
Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio), senador Adelmir Santana, o VLT é uma possibilidade de alavancar a vida comercial e social na avenida.
Ele acompanhou toda a negociação do projeto pelo GDF junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e é um entusiasta da proposta.
"Se nós levarmos em conta o projeto de revitalização das entradas e saídas, do desembarque de passageiros, criando ali ilhas de grande movimentação de compras, com atrativos comerciais e culturais, aí vai revitalizar", comenta.
O senador diz que ainda falta o projeto sair do papel e da intenção. "O que precisa é iniciar, é começar, é fazer... Os projetos já existem e já discutimos muito. Criamos comissões especiais para isso na Federação do Comércio e nas associações comerciais. Acho que o projeto apresentado ao Banco Interamericano é muito bom, mas tem que tomar uma decisão política de fazer isso", afirma.
Sem desmerecer a presença de templos religiosos na avenida, Adelmir Santana defende que seja dada prioridade a outras atividades, como restaurantes, lojas de artesanato, floriculturas e outras.
"Essas duas avenidas, no caso sul e norte, não podem continuar dessa forma. É um eixo importante de ligação da cidade. Nós que chegamos aqui na década de 60 sabemos o que isso representava para Brasília. Não podemos transformar aquilo, sem nenhum demérito, em estabelecimentos ecumênicos, de igrejas, tem muitas outras coisas para aqueles espaços", avalia.
Ele sonha com ambientes agradáveis para que as pessoas tenham o prazer de caminhar, aliando isso à segurança, limpeza e conservação do local. "Agora isso precisa de tomar decisão política. Não dá mais para esperar. São tantos anos com essas discussões, entra governo sai governo, discute-se que isso é prioridade, mas não se resolve".
Adelmir destaca que o público vai aonde as coisas estão, portanto se a W3 for transformada em ambiente atrativo será a redenção do local. "Não sou arquiteto, não sou urbanista, mas na realidade sinto isso. Essa discussão é recorrente. Tem que ser buscado um caminho para revitalizar de fato a W3 e eu tenho esperança que o VLT pode impulsionar isso", analisa.
Os dados do Sindhobar demonstraram que 47 lojas fechadas ficam no trecho Norte da avenida. A situação na W3 Sul é mais preocupante com o registro de 79 estabelecimentos sem atividades.
Em 2006, o sindicato fez levantamento similar e a realidade, embora tenha apresentado um quadro numérico menos grave, não serve de consolo aos comerciantes que querem ver no local maior circulação de pessoas e geração de emprego e renda.
Na época, o total de lojas fechadas era de 182, com 98 delas na W3 Sul e 84 na W3 Norte. Embora não tenha agravado a situação nos últimos três anos, os dados revelam que nada foi feito para efetivamente resolver a falta de dinamização do comércio local.
Ainda segundo o levantamento do Sindhobar, a situação de lojas fechadas só não agravou porque houve um "desvio" na funcionalidade de prédios comerciais com a instalação de uma significativa quantidade de templos religiosos. Quem transita pela W3, facilmente pode perceber essa nova realidade surgida nos últimos anos.
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