Brasília, segunda-feira, 8 de agosto de 2011 - 15:15
DESONERAÇÃO DA FOLHA
Centrais sindicais vão pressionar o Congresso por condicionantes
Fonte: Valor Econômico, no Diap
CUT fará manifestação em Brasília na próxima quarta-feira (10)
Excluídas das discussões para elaborar o programa "Brasil Maior", de incentivo à indústria, as centrais sindicais pretendem pressionar o governo e Congresso para condicionar a desoneração da folha de pagamento de alguns setores da indústria à manutenção do emprego, do mesmo modo que ocorreu na redução do Imposto sobre Produção Industrial (IPI) para as montadoras de automóveis em 2009.
"Faltou garantir os empregos. Sem isso, o programa não protege os trabalhadores, só os empresários", afirmou quarta-feira (3) o presidente da Nova Central, José Calixto, durante manifestação em São Paulo de cinco das seis maiores centrais sindicais do país - apenas a CUT não participou.
A restrição para os setores beneficiados realizarem demissões é tema de consenso entre os sindicalistas, que criticavam a desindustrialização do Brasil por conta da perda de competitividade.
"A manifestação era inevitável porque parece que Brasília não está nos ouvindo", afirmou o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força.
Centrais terão reunião com Marco Maia
Na próxima terça-feira (9), os presidentes das centrais têm reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), para cobrar a votação dos projetos de interesse dos trabalhadores - o principal item é a redução da jornada para 40 horas semanais.
Eles também se encontram quinta-feira (4) com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, para discutir detalhes do Brasil Maior.
A conversa ocorre três dias depois das centrais serem avisadas sobre o projeto, sobre o qual não puderam opinar - o que causou bastante desconforto nelas.
O objetivo, agora, é tentar mudanças na medida provisória (MP) encaminhada para o Congresso com as mudanças.
"O programa é um bom chute inicial. Agora, vamos discutir para aumentar o número de setores afetados pela desoneração, privilegiando aqueles que gerem mais empregos", diz o presidente da CGTB, Antônio Neto.
A participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também é contestada.
"Os empréstimos do BNDES têm que ser direcionados para empresas nacionais, que deem prioridade para produtos brasileiros, e que não tenham histórico de maltratar os trabalhadores", afirma o presidente da UGT, Ricardo Patah.
A CUT pretende participar das discussões no Congresso com o apoio do PT. Ela tenta se destacar das outras centrais com bandeiras próprias, como o fim do imposto sindical obrigatório, e realiza manifestação em Brasília no dia 10 de agosto.
Últimas notícias
PL prevê volta da assistência sindical na homologação de demissões
10/6 - 10:7 |
Prazo para inscrição no Enem 2025 é prorrogado até sexta-feira (13)
6/6 - 15:22 |
SAEP convoca filiados para Assembleia de eleição dos delegados que irão para o 11º Conatee
5/6 - 17:53 |
SAEP apoia greve dos professores da rede pública; docente mal remunerado é descompromisso com educação de qualidade
3/6 - 18:24 |
Racismo: discriminação na UCB reacende debate, que sempre volta porque não é enfrentado como problema de Estado
Notícias relacionadas
Sindicato: necessária instância coletiva
16/11 - 13:13 | BRASíLIA, TERçA, 16 DE NOVEMBRO
AGÊNCIA DIAP | Ano 23 # 3.409
9/8 - 17:26 | DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO NO AUXíLIO ALIMENTAçãO.
Auxílio-Alimentação.
23/4 - 7:37 | CONTRIBUIçãO SINDICAL.
RETRIBUA, AUTORIZE, CONTRIBUA!
9/4 - 9:30 |
Liminar obriga empresa a descontar a contribuição sindical