Brasília, quarta-feira, 6 de maio de 2009 - 18:27
SAÚDE PÚBLICA
Gripe suína: esclareça algumas dúvidas sobre a doença
Fonte: BBC Brasil
Veja respostas de perguntas frequentes que a BBC Brasil elaborou sobre o vírus que se propagou rapidamente por vários países

A gripe suína, que se propagou rapidamente por vários países, causou alguma perplexidade entre especialistas e o público em geral. A BBC tira as suas dúvidas sobre a doença.
Qual a letalidade do vírus?
Análises preliminares do vírus causador da gripe suína, o H1N1, sugerem que se trata de uma linhagem menos agressiva, segundo cientistas.
Especialistas acreditam que seria necessária uma nova mutação para que o H1N1 causasse a alta taxa de mortalidade que alguns previam.
No entanto, até agora é impossível prever com precisão como a doença vai evoluir e qual a sua taxa de mortalidade.
Como muitos casos suspeitos ainda precisam ser confirmados por exames laboratoriais, ainda não se sabe ao certo o número exato de vítimas da gripe suína.
Segundo especialistas, serão necessárias semanas ou até meses de análises biológicas até que se possa conhecer o potencial de letalidade do vírus.
Por que a gripe suína parece ser mais letal no México?
Até agora, das 31 mortes confirmadas por gripe suína no mundo, 29 foram no México. As outras duas mortes foram registradas nos Estados Unidos, sendo uma das vítimas um bebê mexicano.
O fato de o vírus aparentemente ser mais letal no México sugere que há alguns fatores incomuns em ação.
Segundo alguns especialistas, há a possibilidade de que outros vírus, não relacionados, estejam em circulação no México, agravando os sintomas da doença no país. De acordo com especialistas, é pouco provável que esse cenário se repita em outros países.
Outra possibilidade cogitada por especialistas é a de que as pessoas infectadas no México tenham procurado tratamento em um estágio mais avançado do que os pacientes de outros países.
Há ainda a possibilidade de que o vírus em circulação no México seja ligeiramente diferente daquele em outros países. Essa hipótese, no entanto, só poderá ser comprovada por meio de análises laboratoriais.
O infectologista Stefan Cunha Ujvari, autor do livro A história da humanidade contada pelos vírus e médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, disse à BBC Brasil que ainda é preciso observar o perfil das pessoas que morreram em decorrência do vírus no México.
"Se forem crianças, idosos ou pessoas que já sofrem de outras doenças, é justificado essa número de mortes", disse Ujvari.
Qual a relação da doença com suínos?
Ainda não se sabe a origem do vírus que provocou o surto. Especialistas dizem que o atual surto pode ter sido provocado por uma mutação do vírus em porcos mexicanos.
Acredita-se que vírus de gripe com material genético de suínos, aves e humanos se combinaram no organismo de um porco, dando origem à variante. O vírus passou então dos porcos para humanos, e agora se propaga de pessoa para pessoa.
Especialistas afirmam que é seguro comer carne e derivados de suínos e que não há risco de contaminação por meio da ingestão desses produtos.
Qual o risco de a doença chegar ao Brasil?
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, já disse que a chegada do vírus ao Brasil "é inevitável", mas que o país está pronto para enfrentar a doença.
Até agora, segundo o Ministério da Saúde, não há nenhum caso de gripe suína confirmado no Brasil. O ministério acompanha 28 casos suspeitos (de pessoas que estiveram em algum dos países afetados e apresentaram sintomas da doença). Outras 28 pessoas estão em monitoramento, e 73 casos foram descartados.
Últimas notícias
PL prevê volta da assistência sindical na homologação de demissões
10/6 - 10:7 |
Prazo para inscrição no Enem 2025 é prorrogado até sexta-feira (13)
6/6 - 15:22 |
SAEP convoca filiados para Assembleia de eleição dos delegados que irão para o 11º Conatee
5/6 - 17:53 |
SAEP apoia greve dos professores da rede pública; docente mal remunerado é descompromisso com educação de qualidade
3/6 - 18:24 |
Racismo: discriminação na UCB reacende debate, que sempre volta porque não é enfrentado como problema de Estado
Notícias relacionadas
Sob Bolsonaro, inflação dos alimentos disparou, ao contrário do que diz boné de apoiadores
3/2 - 17:47 |
Desafios das negociações coletivas
10/1 - 10:21 |
TST: Só sindicato de trabalhador pode propor ação de reajuste salarial
16/12 - 19:51 |
Brasil pretende proibir celulares em escolas para preservar "essência do ambiente pedagógico"
12/12 - 13:53 |
Direitos Humanos: compromisso de todos