O Sindepes se reúne, nesta quarta-feira (24), para ratificar as propostas apresentadas ao SAEP na mesa de negociação.

Depois de intensos e difíceis debates, avançam as negociações da campanha salarial de 2009.

"O Sindicato [SAEP] não aceita o desprezo dos patrões. Nossa luta é para a melhoria das condições de trabalho dos auxiliares", defende a presidente do SAEP, Maria de Jesus da Silva.
 
Em reunião nesta quinta-feira (18), com o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos Particulares de Ensino Superior do Distrito Federal (Sindepes), uma nova proposta foi apresentada.
 
Estas são algumas das propostas para a categoria, que ainda estão em negociação:
 
- recomposição plena do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC);
 
- reajuste do piso salarial de 8,07% (de R$ 476,55 para R$ 515);
 
- para os auxiliares cuja função exije-se nível médio, rejuste do piso salarial de 8,96% (de R$ 550,68 para R$ 600);
 
- abono salarial de R$ 80 no salário de julho, a ser pago até o 5º dia útil do mês de agosto;
 
- Cláusula de regulamentação do Banco de Horas, com redução para 80 horas;
 
- multa escalonada por atraso de pagamento de salário;
 
- licença de três dias por semestre para tratamento (acompanhamento) médico de filhos;
 
- estabilidade de dois anos para aposentadoria, para auxiliar com, no mínimo, dez anos de contrato; e
 
- manutenção da bolsa de estudos.
 
"O auxiliar de administração também é responsável pela educação dos alunos e alunas e, ainda, pela manutenção do asseio da escola. Queremos ser valorizados e tratados com dignidade", ressalta Maria de Jesus.
 
As negociações começaram no dia 29 de abril. Esta foi a quarta reunião de negociação.
 
O sindicato patronal realizará assembleia com os empregadores para fechar a proposta apresentada nesta quinta.
 

A diretoria do SAEP também se reuniu com o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe), que representa as instituições de ensino da educação básica – educação infantil e ensinos fundamental e médio.
 
A negociação aconteceu na última quarta-feira (17), e foi apresentada ao Sindicato, pela comissão que representa os empregadores, a proposta de reposição da inflação (INPC), de 5,83% e abono salarial de 9%, para este ano.
 
Para 2010, os patrões propõem correção do INPC mais 1% de ganho real, e 6% de abono salarial.
 
Também na reunião, a comissão apresentou uma segunda proposta para o piso da categoria. Reajustar o valor em R$ 500 para este ano e, em 1º de maio de 2010 o piso passaria para R$ 550. O piso atual é R$ 488,25.
 
Na segunda proposta, a categoria perde o ganho real de 1% em 2010 e ainda perde a referência do salário mínimo para o piso salarial.
 
Quanto ao Banco de Horas, a diretoria do SAEP propôs que seja definida a data de início e fim, dividindo em dois semestres para fechar as horas. Sendo o primeiro período de 1º de janeiro a 30 de junho, e o segundo de 1º de julho a 31 de dezembro.
 
Assim, o Banco é dividido em 40 horas para cada semestre, totalizando 80 horas. Nesse período, quem tiver horas positivas deve recebê-las ou tirá-las. Se tiver débitos, deve pagá-los, para que, assim, possa zerar do Banco.
 
"Não tratamos a educação como mercadoria. Os patrões sabem que com salário melhor e nossas necessidades básicas atendidas, teremos condições de nos dedicar mais, trabalhar mais felizes e sermos ainda mais zelosos com a instituição", enfatiza.

E acrescenta: "O que queremos é trabalhar e viver com dignidade".
 
A mesa de negociação já se reuniu três vezes, tendo iniciado os trabalhos em 19 de maio. Os diretores do SAEP continuam lutando pelas reivindicações da categoria até que se chegue a um bom acordo.

*Matéria modificada hoje (24) para atualização de informações