Sandro Avelar,  delegado da Polícia Federal, é o novo secretário de Segurança.

O nome do novo titular da pasta foi confirmado ontem à tarde pelo governador Agnelo Queiroz.

A fuga de seis presos do setor de segurança máxima da Papuda, no dia 27 de março; a recente greve da Polícia Civil; e a chegada da Força Nacional na Região Metropolitana do DF devido ao alto índice de criminalidade são alguns dos problemas que o novo secretário terá que enfrentar.

Na madrugada da última terça-feira, 26 presos fugiram do presídio de Valparaíso, contribuindo ainda mais para o quadro de insegurança na região.

O ex-secretário Daniel Lorenz deixou o cargo no dia 19 de abril, em meio a queixas sobre sabotagens e ingerência política na sua gestão.

Segundo auxiliares, Lorenz saiu magoado com o governador Agnelo Queiroz (PT), que teria retirado a carta branca para despartidarizar a ação da polícia e reforçar seu caráter técnico para o combate aos elevados índices de corrupção em Brasília.

Ao longo do ano, o setor de segurança enfrenta dificuldades.

Para o coordenador do núcleo de segurança pública da Fundação Universa, George Filipe Dantas, o DF passa por uma crise de medidas postergadas.

"Devido a vários escândalos do governo passado, algumas decisões deixaram de ser aplicadas e esses problemas na segurança do DF são os resultados", explica Dantas.

Sandro Avelar é o atual diretor do Sistema Penitenciário Federal e seu nome teve o apoio do Ministério da Justiça.

Entre 2006 e 2010, ele foi presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).

Além do aval do governo federal e da PF, Sandro também tem o apoio de policiais civis do Distrito Federal.

Ele é delegado em Brasília, onde estudou e se formou. Tem vínculo direto com a cidade.

Reunião com Mantega
Após anunciar o novo secretário de Segurança, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, participou de uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com os governadores do Acre, Tião Viana; da Bahia, Jaques Wagner; de Pernambuco, Eduardo Campos; e de Sergipe, Marcelo Déda.

Em pauta, a reforma tributária, que, para os estados e o DF, tem foco na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS).

"A redução do ICMS é a única forma de acabar com a guerra fiscal e nós discutimos propostas para fazer isso de forma progressiva.

O Distrito Federal apoia essa redução até que o ICMS interestadual para todos os produtos chegue a zero", explicou o governador Agnelo Queiroz.