Na ida e na volta do trabalho, um deslocamento desafiador

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Brasília, terça-feira, 1 de fevereiro de 2011 - 13:58

TRANSPORTE PÚBLICO

Na ida e na volta do trabalho, um deslocamento desafiador


Fonte: Blog

Quase metade da população brasileira (44,3%) usa o transporte público como principal forma de locomoção dentro das cidades.

No sudeste do país esse percentual sobe para 50,7%, segundo dados do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre mobilidade urbana, divulgado essa semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Conforme o levantamento, gastos com transporte (de modo geral) tem ocupado papel considerável no orçamento da população brasileira.
Basta observar que em 2000 esse tipo de serviço comprometia, em média, 18,7% das despesas de consumo do cidadão.

Já em 2010 essa porcentagem chegou a 20,1%. Número considerável se comparado ao valor destinado à alimentação, que caiu de 21,1% para 20,2%, no mesmo período.

Porém, aumentar gastos com transporte não significa, necessariamente, ter mais conforto. Isso porque 69% dos cidadãos disseram sofrer com os engarrafamentos. É o caso de Ubiraci Silva, de 56 anos.

Morador do Riacho Fundo I (cidade a 22 km de Brasília) ele sofre com os constantes congestionamentos em seu deslocamento casa-trabalho.

"Todos os dias eu vou de ônibus para o trabalho e já me preparo para pegar muito trânsito pelo caminho.

Normalmente eu fico 1 hora no engarrafamento, mas quando tem batida aí demora 1h30 ou mais.

 Acho que se tivesse uma faixa só para ônibus não demoraria nem 30 minutos esse mesmo trajeto", sugere.

Segundo a pesquisa do Ipea a quantidade de ônibus em circulação no Brasil cresceu com moderação, se comparado ao aumento de veículos particulares.

Embora atualmente haja uma média de um ônibus para 427 habitantes – em 2000 era um para 649 pessoas –, o número de automóveis ainda é mais significativo pois há um carro para 5,2 habitantes.

Há dez anos era um para cada 8,5.

E não é difícil entender esses dados. Na família da secretária Sandra Regina Silva, de Brasília, todos possuem carro próprio.

"A minha filha mais nova andava de ônibus até 2009, mas como ela estudava à noite achamos mais seguro que tivesse um carro.

Foi assim que a mais velha ganhou o carro também. Hoje, todos lá em casa têm veículo próprio", explica.

O SIPS mostrou ainda que 32,6% da população não se sente segura nunca ou se sente raramente segura no meio de transporte que mais utiliza.

Além disso, de cada três brasileiros dois acreditam que a sinalização de trânsito é ruim.









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