Trabalhadores com jornada noturna têm predisposição a comer mais

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Brasília, quarta-feira, 26 de outubro de 2011 - 14:4

RISCO À SAÚDE

Trabalhadores com jornada noturna têm predisposição a comer mais


Fonte: Agência Fapesp

Segundo a pesquisa, a função hormonal estomacal que regula a saciação sofre alteração nas pessoas que trabalham à noite

Um novo estudo realizado por cientistas brasileiros sugere que trabalhadores noturnos apresentam alterações em funções hormonais que podem deixá-los predispostos a comer mais, ganhar peso e desenvolver síndrome metabólica – um conjunto de fatores de risco cardiovascular que inclui hiperglicemia, hipertensão arterial, obesidade e aumento da circunferência da cintura.

A literatura científica internacional já demonstrava que os trabalhadores noturnos têm mais tendência ao ganho de peso, além de maior risco de apresentar doenças cardiovasculares e outros indicadores de síndrome metabólica.

Mudanças de comportamentos alimentares associadas ao trabalho noturno – incluindo aumento do valor calórico e variações no horário e número de refeições – têm sido apontadas como a mais provável explicação para esse fenômeno.

Ganho de peso
Estudando os mecanismos biológicos que poderiam estar por trás das mudanças comportamentais, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriu que os trabalhadores noturnos apresentam alterações em funções hormonais estomacais que regulam a saciação – a sensação de estar satisfeito após a refeição –, o que pode levar ao ganho de peso.

O estudo, coordenado por Bruno Geloneze Neto, da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, teve apoio da Fapesp na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular. “Nossa conclusão é que a função hormonal estomacal de regulação da saciação sofre alteração nas pessoas que trabalham à noite”, disse Geloneze.

Grupo de mulheres
De acordo com Geloneze, o estudo foi realizado com um grupo de 24 mulheres, sendo 12 trabalhadoras do turno da noite e 12 trabalhadoras do turno do dia do Hospital das Clínicas da Unicamp. Todas elas tinham índice de massa corpórea entre 25 e 35.

“Estudamos os mecanismos hormonais ligados à saciação e não as diferenças comportamentais. Tomamos o cuidado de trabalhar apenas com pessoas do mesmo sexo, com padrões semelhantes de peso, de atividade física e de condição socioeconômica e cultural, a fim de observar as diferenças relacionadas à variável do turno de trabalho”, disse Geloneze.

Segundo Geloneze, a literatura internacional aponta que os trabalhadores noturnos têm mais riscos de ganhar peso e desenvolver doenças cardiovasculares, associando esse fenômeno a um aumento do consumo calórico.









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