Brasília, segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014 - 17:19
RECONHECIMENTO
Cetebistas recebem homenagem em ato contra a ditadura
Fonte: Portal CTB
Ato foi organizado pelas dez centrais que compõem o Coletivo Sindical de Apoio ao Grupo de Trabalho “Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical” da Comissão Nacional da Verdade
reprodução

Centenas de pessoas lotaram o Teatro Cacilda Becker, em São Bernardo do Campo (SP), no último sábado (1) para prestigiarem a homenagem feita aos trabalhadores e sindicalistas que sofreram e lutaram contra o golpe civil militar instaurado no país no ano de 1964.
O ato sindical unitário intercalou as falas dos representantes das dez centrais que compõem o Coletivo Sindical de Apoio ao Grupo de Trabalho "Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical" da Comissão Nacional da Verdade (CNV), com a exibição de pequenos vídeos e apresentações teatrais.
A atividade, que foi a primeira realizada em repúdio aos 50 anos do golpe, contou com a presença do filho do ex-presidente da República, João Goulart, que foi deposto pelos golpistas no dia 1º de abril. Emocionado, ele afirmou que "50 anos depois é preciso evoluir na democracia, pelo sangue dos que morreram".
Representando a CTB, o presidente nacional, Adilson Araújo, compôs a mesa, mas passou a palavra para o dirigente nacional, João Batista Lemos, que estava entre os homenageados por sua luta contra a ditadura militar.
Batista, que recebeu anistia em 2013, contou um pouco de sua trajetória de resistência ao golpe e mostrou a lista de nomes dos trabalhadores contendo todos seus dados entregues pela empresa ao Dops (Departamento de Ordem Política e Social), ao falar sobre a perseguição sofrida.
O sindicalista foi demitido da Volkwagen na época de greve do ABC paulista que projetou o ex-presidente Lula, ele ressaltou a importância da mobilização de base feita pelo ex-presidente. "Foi com Lula que a classe trabalhadora ganhou protagonismo político para colocar uma pá de cal na ditadura", sublinhou.
O prefeito da cidade anfitriã, Luiz Marinho (PT), fez questão de destacar a relevância de atividades como esta e que sejam amplamente divulgadas para que a população tenha conhecimento do que aconteceu e não permita atrocidades como esta ocorram nunca mais.
A coordenadora do Coletivo Sindical de Apoio ao Grupo de Trabalho "Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical" da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Rosa Cardoso, contou como estão as investigações feitas até o momento.
"O golpe foi longamente ensaiado, houve cinco tentativas antes de 1964, muitos foram mortos no campo e na cidade e esses crimes são imprescritíveis (...) A ditadura procurou desmantelar a vida sindical brasileira, não só os sindicalistas, mas a classe trabalhadora como um todo", expressou.
Ela informou ainda que as empresas que apoiaram a ditadura também estão sendo investigadas e que o país deve encontrar uma forma de reparação.
O secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, e o presidente da seção estadual da central em São Paulo também compareceram e foram homenageados com um diploma simbolizando o reconhecimento por suas ações.
O ato terminou ao som de A Internacional, numa versão em espanhol, para destacar a necessidade da integração latino-americana no combate ao imperialismo que apoiou e financiou as ditaduras instauradas na América Latina.
Entre os apelos feitos pelos representantes das centrais sindicais estão a desmilitarização da Polícia Militar, a democratização dos meios de comunicação, a descriminalização dos movimentos sociais e, principalmente, que os responsáveis pelas violações aos direitos humanos sejam punidos.
O ato sindical unitário intercalou as falas dos representantes das dez centrais que compõem o Coletivo Sindical de Apoio ao Grupo de Trabalho "Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical" da Comissão Nacional da Verdade (CNV), com a exibição de pequenos vídeos e apresentações teatrais.
A atividade, que foi a primeira realizada em repúdio aos 50 anos do golpe, contou com a presença do filho do ex-presidente da República, João Goulart, que foi deposto pelos golpistas no dia 1º de abril. Emocionado, ele afirmou que "50 anos depois é preciso evoluir na democracia, pelo sangue dos que morreram".
Representando a CTB, o presidente nacional, Adilson Araújo, compôs a mesa, mas passou a palavra para o dirigente nacional, João Batista Lemos, que estava entre os homenageados por sua luta contra a ditadura militar.
Batista, que recebeu anistia em 2013, contou um pouco de sua trajetória de resistência ao golpe e mostrou a lista de nomes dos trabalhadores contendo todos seus dados entregues pela empresa ao Dops (Departamento de Ordem Política e Social), ao falar sobre a perseguição sofrida.
O sindicalista foi demitido da Volkwagen na época de greve do ABC paulista que projetou o ex-presidente Lula, ele ressaltou a importância da mobilização de base feita pelo ex-presidente. "Foi com Lula que a classe trabalhadora ganhou protagonismo político para colocar uma pá de cal na ditadura", sublinhou.
O prefeito da cidade anfitriã, Luiz Marinho (PT), fez questão de destacar a relevância de atividades como esta e que sejam amplamente divulgadas para que a população tenha conhecimento do que aconteceu e não permita atrocidades como esta ocorram nunca mais.
A coordenadora do Coletivo Sindical de Apoio ao Grupo de Trabalho "Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical" da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Rosa Cardoso, contou como estão as investigações feitas até o momento.
"O golpe foi longamente ensaiado, houve cinco tentativas antes de 1964, muitos foram mortos no campo e na cidade e esses crimes são imprescritíveis (...) A ditadura procurou desmantelar a vida sindical brasileira, não só os sindicalistas, mas a classe trabalhadora como um todo", expressou.
Ela informou ainda que as empresas que apoiaram a ditadura também estão sendo investigadas e que o país deve encontrar uma forma de reparação.
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