Brasília, terça-feira, 20 de maio de 2014 - 16:51
CAPACITAÇÃO
SAEP participa de debate sobre mundo do trabalho na Câmara
Fonte: Com Portal CTB
Evento faz parte dos esforços da Liderança do PCdoB na Casa
A diretora do SAEP Merilene Pinheiro, acompanhada pelo presidente da CTB-DF, Aldemir Domício, e a dirigente da central sindical Maria José Barreto, participou, no dia 13 de maio, do primeiro de uma série de seminários organizados pela Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados, para propor avanços para o desenvolvimento do país.
Na data, o evento "As reformas de base para o Brasil do século XXI" discutiu, especificamente, o mundo do trabalho e suas perspectivas, além de ações para melhorar a agenda política do trabalhador no Parlamento e, assim, transformar a realidade da classe trabalhadora.
Para Merilene, iniciativas como estas são de extrema importância, pois servem para capacitar e atualizar os dirigentes que, por assumirem funções representativas, necessitam estar informados e refletirem constantemente sobre as práticas do mercado de trabalho.
"São nessas ocasiões que repensamos nossa ação como trabalhador e com o seguimento o qual representamos", pontuou. "Os assuntos discutidos nos ajudam a perceber como as relações de trabalho são organizadas e a eleger as pautas prioritárias, tanto a nível nacional, com a regulamentação de leis, quanto a nível local, com as convenções coletivas", finalizou a dirigente.
Abertura
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) realizou a abertura dos debates. Segundo ela, a bancada do PCdoB tem dado contribuições em diversas discussões do Congresso, mas, sobre questões que envolvem os trabalhadores, grupo para qual o partido direciona suas ações, é necessário que se adquira e atualize conhecimentos. "Esse seminário serve pra gente parar, pensar, significar e ressignificar a nossa forma de atuação nesta Casa", afirmou.

Além disso, a deputada falou sobre a proximidade das eleições, que considera momento de assumir nossos campos de lutas e estruturar nossas formas e ideias, lamentando que "muitas vezes os partidos de esquerda sejam chamados a uma corrida atrás de uma pauta que não somos nós que fazemos e acaba que os dias, meses e anos passam e somos moídos pelo processo e não debatemos", avalia.
Após o discurso de abertura, o deputado Assis Melo (PCdoB-RS) foi convidado para presidir a mesa de debates. O parlamentar destacou o compromisso da sigla com a luta da classe trabalhadora, reforçando a importância de debate sobre projetos de interesse dos trabalhadores.
Aumento de força no Legislativo
Para Clemente Ganz Lúcio, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), o movimento sindical precisa construir uma correlação de forças, principalmente no âmbito do Legislativo Federal, para que haja mudanças mais profundas na sociedade. Ele enfatizou ainda que é preciso entrar na disputa para que haja mudanças mais robustas e consolidação de um estado que a qualidade de vida e bem estar.
"Nos últimos anos o que fizemos não é pouco, mas está claro que abre um campo de disputa que exige dos que querem o debate de outra ordem de bem-estar do país ter capacidade de fazer enfrentamento em outro nível", explica Ganz Lúcio. Segundo ele, essa evolução do Estado se dará pela modernização dos processos de negociação entre os sindicatos e as centrais com os empregadores. "Precisamos pensar com urgência o processo de negociação coletiva. É por ele que vamos conseguir representar o crescimento da força de trabalho. É por ele que passam as mudanças para os trabalhadores", finalizou.
Igualdade de gênero
Já a representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Laís Abramo, comentou sobre a questão de gênero no mundo do trabalho e foi objetiva ao reafirmar que as mulheres negras são as que mais sofrem discriminação no mundo do trabalho. Elas são atingidas mais fortemente pelo desemprego e pela informalidade. Com relação à proteção social, 40% não tem acesso à seguridade.
Laís comentou também que há convenções da OIT da metade do século passado que ainda não foram regulamentadas ou aplicadas no país. Em 1965 foi publicada a última convenção da OIT que trata da igualdade de gênero e a partir de 1950 foi feita uma abordagem das relações de trabalho considerando a equidade nas tarefas domésticas.
Avanço nas reformas
Márcio Pochmann, da Fundação Perseu Abramo, destacou a importância de pensar nas reformas, principalmente no mundo do trabalho. Ele falou sobre os avanços ocorridos no Brasil nos últimos 12 anos, mas destacou que os resultados adquiridos fazem parte de uma agenda anti-neoliberal , que está em esgotamento, não consegue mais aglutinar forças.
"O que fizemos contra o neoliberalismo não é suficiente, por que existe um segmento que não se sente capturados pelos partidos políticos, pelas instituições que representam trabalhadores e os estudantes, nem de organizações de base e de bairro", avalia o palestrante.
Ainda segundo Pochamnn, é preciso uma nova agenda de trabalho, pois a antiga – apesar de ser importante e precisar ser reforçada – não mobiliza esse novo segmento da sociedade. Esse conjunto de brasileiros está ansioso por uma nova agenda do trabalho e está convencido que o seu futuro depende da educação e do seu conhecimento. Além disso, fazem parte da agenda questões como a atualização da previdência social e as discussões sobre o novo ritmo de vida do trabalhador com a inserção das novas tecnologias.
Próximos eventos
As próximas palestras acontecem nos dias 20 e 27 de maio, serão referentes à reforma urbana e à economia e ao desenvolvimento, respectivamente, ambas às 16h30, no Plenário 4, Anexo II, da Câmara dos Deputados.
Na data, o evento "As reformas de base para o Brasil do século XXI" discutiu, especificamente, o mundo do trabalho e suas perspectivas, além de ações para melhorar a agenda política do trabalhador no Parlamento e, assim, transformar a realidade da classe trabalhadora.
Para Merilene, iniciativas como estas são de extrema importância, pois servem para capacitar e atualizar os dirigentes que, por assumirem funções representativas, necessitam estar informados e refletirem constantemente sobre as práticas do mercado de trabalho.
"São nessas ocasiões que repensamos nossa ação como trabalhador e com o seguimento o qual representamos", pontuou. "Os assuntos discutidos nos ajudam a perceber como as relações de trabalho são organizadas e a eleger as pautas prioritárias, tanto a nível nacional, com a regulamentação de leis, quanto a nível local, com as convenções coletivas", finalizou a dirigente.
Abertura
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) realizou a abertura dos debates. Segundo ela, a bancada do PCdoB tem dado contribuições em diversas discussões do Congresso, mas, sobre questões que envolvem os trabalhadores, grupo para qual o partido direciona suas ações, é necessário que se adquira e atualize conhecimentos. "Esse seminário serve pra gente parar, pensar, significar e ressignificar a nossa forma de atuação nesta Casa", afirmou.
Além disso, a deputada falou sobre a proximidade das eleições, que considera momento de assumir nossos campos de lutas e estruturar nossas formas e ideias, lamentando que "muitas vezes os partidos de esquerda sejam chamados a uma corrida atrás de uma pauta que não somos nós que fazemos e acaba que os dias, meses e anos passam e somos moídos pelo processo e não debatemos", avalia.
Após o discurso de abertura, o deputado Assis Melo (PCdoB-RS) foi convidado para presidir a mesa de debates. O parlamentar destacou o compromisso da sigla com a luta da classe trabalhadora, reforçando a importância de debate sobre projetos de interesse dos trabalhadores.
Aumento de força no Legislativo
Para Clemente Ganz Lúcio, Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese), o movimento sindical precisa construir uma correlação de forças, principalmente no âmbito do Legislativo Federal, para que haja mudanças mais profundas na sociedade. Ele enfatizou ainda que é preciso entrar na disputa para que haja mudanças mais robustas e consolidação de um estado que a qualidade de vida e bem estar.
"Nos últimos anos o que fizemos não é pouco, mas está claro que abre um campo de disputa que exige dos que querem o debate de outra ordem de bem-estar do país ter capacidade de fazer enfrentamento em outro nível", explica Ganz Lúcio. Segundo ele, essa evolução do Estado se dará pela modernização dos processos de negociação entre os sindicatos e as centrais com os empregadores. "Precisamos pensar com urgência o processo de negociação coletiva. É por ele que vamos conseguir representar o crescimento da força de trabalho. É por ele que passam as mudanças para os trabalhadores", finalizou.
Igualdade de gênero
Já a representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Laís Abramo, comentou sobre a questão de gênero no mundo do trabalho e foi objetiva ao reafirmar que as mulheres negras são as que mais sofrem discriminação no mundo do trabalho. Elas são atingidas mais fortemente pelo desemprego e pela informalidade. Com relação à proteção social, 40% não tem acesso à seguridade.
Laís comentou também que há convenções da OIT da metade do século passado que ainda não foram regulamentadas ou aplicadas no país. Em 1965 foi publicada a última convenção da OIT que trata da igualdade de gênero e a partir de 1950 foi feita uma abordagem das relações de trabalho considerando a equidade nas tarefas domésticas.
Avanço nas reformas
Márcio Pochmann, da Fundação Perseu Abramo, destacou a importância de pensar nas reformas, principalmente no mundo do trabalho. Ele falou sobre os avanços ocorridos no Brasil nos últimos 12 anos, mas destacou que os resultados adquiridos fazem parte de uma agenda anti-neoliberal , que está em esgotamento, não consegue mais aglutinar forças.
"O que fizemos contra o neoliberalismo não é suficiente, por que existe um segmento que não se sente capturados pelos partidos políticos, pelas instituições que representam trabalhadores e os estudantes, nem de organizações de base e de bairro", avalia o palestrante.
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