Instituições privadas não conseguem atender procura por vagas

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Brasília, quarta-feira, 2 de dezembro de 2009 - 15:43

EDUCAÇÃO

Instituições privadas não conseguem atender procura por vagas

Enquanto os patrões dobram, triplicam seus lucros, direitos dos auxiliares são negados

É absurda a falta de interesse dos donos das escolas em atender às necessidades básicas dos auxiliares de administração escolar.

Os patrões alegam dificuldades financeiras, crise econômica e o que mais for conveniente para negar direitos aos trabalhadores.

Enquanto isso, seus lucros aumentam em grande proporção a cada ano. O reajuste das mensalidades chega a ser acima da inflação. E as instituições não conseguem atender a grande procura por vagas nas escolas.

Isto mostra como os empregadores tratam a educação como mercadoria e os alunos como clientes, isto é, como mero objeto de exploração econômica.

Aos auxiliares, que contribuem com a educação dos alunos e alunas, resta apenas a indignação com os patrões pela falta de compromisso com o trabalhador.

Veja informações do Sinepe, sobre a grande procura por vaga nas instituições de ensino particulares do DF, divulgadas pelo jornal Tribuna do Brasil:

Matrículas nas escolas particulares

Pais que procuram matricular os filhos em escolas particulares para o próximo ano letivo podem começar a se apressar.

Além do prazo para o processo de matrícula já estar aberto, registros sobre procura e oferta de vagas nos colégios privados do Distrito Federal revelam alta no índice na demanda de alunos dispostos a estudar nas unidades. Os dados são do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF (Sinepe-DF).

Comparações entre períodos de matrículas efetuadas em 2008 e 2009 mostram que, apesar de transitarem entre meses de crises e pós-crise econômica, as datas mostram um crescimento na procura por vagas em escolas privadas no DF.

Segundo o Sinepe-DF, o número de matrículas disponível nos últimos meses de 2008 foi bem mais disputado que em 2007 e a mesma situação vem acontecendo durante este ano, de setembro último até agora, frente ao mesmo período de 2008.

"O que estamos vendo é um acréscimo da procura por matrículas se comparado ao ano passado. Vamos ver se isso vai se confirmar até o fim do período das matrículas", afirma a presidente do Sinep-DF, Amábile Pacio.

Se a alta na procura por vagas em estabelecimentos particulares do DF continua ou não, o sindicato diz que só saberá em meados de janeiro, é quando termina o prazo da abertura de matrículas na maior parte das escolas privadas.

Mas a crescente demanda de estudantes nas unidades já pode ser constatada em algumas escolas do DF. O Centro Educacional Católica de Brasília, por exemplo, começou a receber pedido de reservas de vagas desde setembro.

A escola abriu o processo de matrículas, ontem, no entanto, com nenhuma vaga disponível, tanto para as séries do ensino médio quanto para as séries do ensino fundamental. "Só temos a lista de espera agora", diz a atendente do setor de matrícula do colégio.

Ao se deparar com uma lista de espera com mais de 120 crianças para turmas do sexto ano do Centro Educacional Católica, a vendedora Eliane Aguiar mudou de idéia em matricular a filha Geovana em uma escola de qualidade e mais perto de Águas Claras, para onde se mudou recentemente.

"Não tem condições de enfrentar uma lista de espera dessas. Talvez ela terá que continuar na mesma escola, que é contramão de onde moro, agora", lamenta.

Muitas escolas estão com matrículas abertas, mas algumas oferecendo reservas na garantia da vaga. Para a presidente do Sinep-DF, a alta procura pelo setor de ensino privado nos últimos dois anos no Distrito Federal pode ser avaliado como resultado de uma preocupação maior dos pais quanto à educação de seus filhos, e ainda uma confiança por parte dos responsáveis nos colégios privados da cidade.

"Uma escola particular para os filhos é o sonho da classe média e que a cada dia está se tornando mais possível ainda. Hoje, atendemos da classe A à D. O que acho bom, porque significa o reconhecimento do nosso trabalho", diz Amábile Pacio.









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