Brasília, segunda-feira, 15 de junho de 2009 - 17:48
CUSTO DE VIDA
Capital Federal fica em 3º lugar no ranking da alimentação
Fonte: Correio Braziliense
No início deste mês, a carioca Aline Sucupira, de 39 anos, se mudou para a capital federal transferida pela instituição financeira em que trabalha. A motivação para a transferência foi a promoção para um cargo mais alto.
O salário aumentou, mas, em sua opinião, alguns gastos também estão maiores, comprometendo parte do reajuste. O que ela mais está sentindo é o peso da alimentação. “Comida é mais cara, principalmente em restaurante”, analisa.
A pesquisa Custo de Vida no Brasil, realizada pela consultoria Mercer, mostra que Aline está correta. Os gastos com alimentação em Brasília aparecem em terceiro lugar no ranking, levando em conta 15 cidades pesquisadas — 12 capitais e três municípios do interior.
O preço dos alimentos é 2% menor que o verificado em São Paulo, local mais caro do país, que foi usado como base na pesquisa. Na média de todas as despesas, no entanto, o DF é mais barato que o Rio de Janeiro, segundo o resultado.
Considerando os 10 grupos de consumo pesquisados, a capital federal aparece em sexto lugar entre as mais caras. Um profissional que é transferido de São Paulo para Brasília gasta, em média, 8% menos para viver.
O levantamento considera as despesas dos trabalhadores de dois níveis hierárquicos: gerentes (renda entre 18 e 33 salários mínimos) e profissionais (de cinco a 18 salários mínimos).
E aponta que não há uma disparidade muito significativa no custo de vida dos trabalhadores que são transferidos entre grandes municípios. A diferença entre a capital mais onerosa (São Paulo) e a menos (Salvador) é de 12%.
“Consideramos cidades muito desenvolvidas. Então, os custos são mais ou menos parecido. Por isso, nem todas as empresas têm políticas de reajustar salários quando transferem funcionários”, explica a consultora de recursos humanos Renata Herrera, uma das responsáveis pela pesquisa.
Eletrônicos
Brasília aparece entre as cinco mais caras em três das 10 categorias. Além de alimentação, a cidade aparece em terceiro lugar entre as que cobram mais pelos eletrodomésticos e eletroeletrônicos e na quarta posição quando se trata de cuidados pessoais. Até agora, Aline não sofreu esses efeitos negativos da cidade.
Não usou os serviços de cuidados pessoais, que incluem a aquisição de artigos de perfumaria, higiene pessoal, medicamentos e a contratação de serviços em salões de beleza e barbeiros, nem comprou bens duráveis, grupo que reúne aparelhos de DVD e sistemas de som, fogões e geladeiras, máquinas de lavar roupa e televisores.
Aline, porém, já teme despesas maiores com serviços e suprimentos domésticos (produtos de limpeza), apesar de o Rio de Janeiro aparecer em uma posição mais alta que Brasília. Pela pesquisa, a capital fluminense fica em segundo lugar, enquanto Brasília está em sexto, o que corresponde a um dispêndio médio 10% inferior ao de São Paulo.
“Estou gastando a mesma coisa com aluguel, mas já soube que aqui as empregadas cobram cerca de R$ 600, enquanto lá eu pagava um salário mínimo (R$ 465). Estou gostando de Brasília, mas algumas coisas são mais caras. Acho que troquei o seis por meia dúzia: o que tive de aumento salarial foi comprometido com gastos maiores. Mas profissionalmente, para mim, é bem melhor”, conta.
A escola do filho de Aline, como constata a pesquisa, está mais barata. No Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo, onde morava, ela pagava R$ 450.
Em Águas Claras, ela está gastando R$ 388. Mas os benefícios também diminuíram. Lá, a criança de cinco anos passava o dia na escola, enquanto aqui estuda apenas por um turno.
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