Brasília, quinta-feira, 28 de abril de 2011 - 14:1
CARTEIRA ASSINADA
Dieese: taxa de desemprego no DF em março é a menor em 19 anos
Fonte: Correio Braziliense
Nos últimos 12 meses, a desocupação entre pessoas de 16 a 24 caiu 9,3%
A taxa de desemprego no Distrito Federal em março chegou a 13,4%, a mais baixa para o mês desde 1992, quando a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) começou a ser realizada.
Em março de 2010, o índice ficou em 14,7%.
O recorde histórico foi favorável às faixas etárias mais jovens.
Nos últimos 12 meses, a desocupação entre pessoas de 16 a 24 caiu 9,3% e de 25 a 39 anos, reduziu 9%.
Conforme a previsão da Companhia de Planejamento (Codeplan) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que coordenaram a pesquisa, o nível de desemprego aumentou em relação a fevereiro, quando marcou 12,7%.
"É natural o aumento do desemprego no primeiro trimestre do ano, mas a taxa que temos hoje ainda é recorde histórico como a mais baixa para o mês de março desde 1992", avaliou o supervisor regional do Dieese, Clóvis Scherer.
Scherer acredita que fatores sazonais influenciaram no resultado do levantamento.
"Aqui no Distrito Federal as principais atividades industriais são a gráfica, que esteve muito aquecida devido às eleições e desde o fim do ano desaqueceu, a alimentícia e a da construção civil, que nessa época do ano desaceleram devido às chuvas", analisou.
"Associado a todos os fatores internos está o cenário internacional, que tende a ter nos próximos meses o mercado de trabalho em desaceleração", acrescentou o diretor de Gestão de Informações da Codeplan, Júlio Miragaya.
"Mesmo assim, a pesquisa aponta o aumento na formalização do mercado de trabalho, com mais empregados que possuem carteira assinada e menos trabalhadores informais", observa.
"A tendência de formalização do trabalho é muito importante, porque melhora a qualidade do emprego", concorda Scherer.
Miragaya chama atenção para um outro aspecto da PED: nos últimos 12 meses, o setor privado gerou 29 mil empregos com carteira assinada no Distrito Federal.
No mesmo período, diminuiu em 5 mil o número de trabalhos sem carteira assinada e em 28 mil o número de autônomos.
"Isso demonstra a migração dos trabalhadores sem carteira de trabalho para vagas com carteira assinada. Já no caso dos autônomos, o número pode representar a adesão aos programas voltados aos empreendedores individuais e microempreendedores", avaliou.
O levantamento indica ainda que, em fevereiro, o rendimento médio real da população ocupada do DF subiu 5,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, passando de R$ 1.927 para R$ 2.041.
Já o dos assalariados cresceu 2,9%, de R$ 2.166 para R$ 2.229. No entanto, de 1º de janeiro a 28 de fevereiro deste ano, o rendimento médio real dos ocupados reduziu 3,1%, e dos assalariados, 3,8%.
Para o supervisor do Dieese, esses índices são explicados "pela redução de empregos com remuneração mais alta e pelo aumento dos empregos com remuneração mais baixa. Mesmo assim, a riqueza em circulação no Distrito Federal se mantém bem maior que a inflação do período".
O tempo que as pessoas passam procurando vagas no mercado de trabalho também reduziu.
"Em março de 2010, os desempregados levavam, em média, 51 semanas até voltarem ao mercado. Agora, levam 45 semanas. Ainda é muito tempo, mas a expectativa é de que diminua aos poucos", comemorou Miragaya.
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