Neste 8 de Março temos o que comemorar

Brasília-DF, domingo, 24 de novembro de 2024


Brasília, sexta-feira, 8 de março de 2024 - 1:48      |      Atualizado em: 15 de março de 2024 - 9:8

Neste 8 de Março temos o que comemorar


Por: Maria de Jesus da Silva*

Nestes últimos 6 anos que antecederam o 3º mandato do presidente Lula, nada tivemos para comemorar no dia e mês da mulher, o 8 de Março. Foram anos de destruição, 2 do ex-presidente Michel Temer (MDB), e 4 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de triste memória.

Inicio este com estas lembranças, porque não esquecer é resistir. E resistir é a marca do movimento sindical no Brasil e no mundo. E resistência é o sobrenome das mulheres-mães-trabalhadoras.

Resistimos à retirada de direitos com as contrarreformas trabalhista e previdenciária. E resistimos às mazelas catastróficas da pandemia de covid-19 que Bolsonaro ajudou a espalhar e que consumiu o povo brasileiro, em particular os mais pobres e desassistidos.

Foram mais de 700 mil mortes, oficialmente. O Brasil foi o segundo País onde mais óbitos ocorreram. O primeiro foi os EUA, que em maio de 2022, superou 1 milhão.

Apesar de o País representar entre 2% e 3% da população mundial, aqui morreram 11%, globalmente, dos infectados pelo vírus.

Não podemos esquecer essa tragédia, que foi negligenciada pelo ex-presidente.

 

Vamos comemorar o dia e mês da mulher
Neste mês, nesta sexta-feira (8), vamos comemorar o dia e mês da mulher, mais do que por meras razões simbólicas e históricas. Mas porque, de fato, temos o que comemorar.

Primeiro, porque derrotamos o governo trágico e de triste memória do ex-chefe do Executivo Jair Messias Bolsonaro. Nunca mais devemos esquecer este nome para nunca mais repetir a trágica decisão de parcela da população brasileira de elegê-lo presidente da República, em 2018.

Segundo, porque mais do que ter derrotado o atraso que foi o governo do capitão reformado do Exército, elegemos, pela 3ª vez, Lula. O que representou vitória dobrada. Ganhamos nas 2 pontas dessa difícil jornada, que teve início com o impedimento, em 2016, da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
 

Por que temos o que comemorar
Depois da vitória de Lula, logo no 1º ano deste 3º mandato, reestabelecemos a política de valorização e recuperação do salário mínimo, com ganho real e consistência para reconquistar o poder de compra do piso nacional – hoje em R$ 1.412.

Temos o que comemorar, porque foi aprovado no Congresso, o Projeto de Lei enviado por Lula, e transformado na Lei 14.611, de 4 de julho de 2023, conhecida como Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres, para a diminuição das desigualdades existentes nas remunerações no ambiente corporativo. Esta relevante lei passa a valer neste 8 de Março.
 

Campanha nacional contra misoginia
E, ainda, neste 8 de Março, comemoramos o lançamento, pelo Ministério das Mulheres, da campanha Brasil sem Misoginia, cujo objetivo é mobilizar os mais diversos setores da sociedade para o combate ao ódio e à discriminação e violência contra a mulher.

Na cerimônia de lançamento, em 25 de outubro de 2023, foram assinados mais de 100 acordos de adesão à campanha, envolvendo empresas, governos estaduais, movimentos sociais, sindicatos, times de futebol, torcidas organizadas e entidades culturais, educacionais e religiosas. 

Na ocasião, a ministra Cida Gonçalves destacou que 1 das missões é combater o feminicídio, sendo a misoginia parte propulsora de todas as formas de violência contra a mulher. Somente em 2022, 1.400 brasileiras foram mortas simplesmente por serem mulheres, conforme o Anuário da Segurança Pública. 
 

Violência on-line
A campanha desenvolve ações com Google, Facebook, Meta e Youtube para combater o discurso de ódio e a exposição, por meio da divulgação de fotos íntimas e falsas, de mulheres nas redes sociais.

Dados da ONG (organização não governamental) Safernet apontam aumento de 251% das denúncias de discurso de ódio contra as mulheres na internet em 2022, contra alta de 61% em denúncias de discurso de ódio de outras naturezas. “Vamos cobrar para que os ataques nas redes sociais sejam criminalizados e essas contas, excluídas”, afirmou a primeira-dama Janja Lula da Silva, no lançamento da campanha. 

Outras estratégias têm como foco o combate à violência de gênero, à desigualdade salarial entre homens e mulheres, a prevenção da violência doméstica e a ampliação da presença feminina nos espaços de poder.

Para a representante da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Quirino, as ações devem buscar as mudanças nas normas sociais, que hoje permitem a perpetuação da violência contra a mulher nos espaços públicos e privados.

Temos ou não temos o que comemorar?

Viva o 8 de Março!

Viva a luta de todas as mulheres e homens contra a violência doméstica!

Viva todas as trabalhadoras auxiliares e técnicas que labutam para que escolas, faculdades e universidades funcionem adequadamente para atender alunas e alunos da melhor forma possível.

Viva todas as mulheres, sem violência e preconceitos de gênero!

 

(*) Presidente do SAEP. É estudante de direito.









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com