Entidades pedem apoio da UnB para libertar presos cubanos nos EUA

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Brasília, segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012 - 14:53

COMITÊ DE BRASÍLIA

Entidades pedem apoio da UnB para libertar presos cubanos nos EUA


Fonte: Agência UnB

Grupo quer discutir com a sociedade outras questões relacionadas com os direitos humanos, a liberdade de imprensa em Cuba e o bloqueio imposto pelos Estados Unidos

Mariana Costa/UnB Agência

Sindicalistas e representantes de instituições sociais estiveram reunidos com o reitor da Universidade de Brasília (UnB), na última quarta-feira (8), para pedir apoio da UnB para livertar os presos cubanos nos Estados Unidos. Eles querem que o assunto faça parte da visita da presidente Dilma Rousseff à Casa Branca em abril.

O diretor do SAEP-DF e da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Mário Lúcio Souto Lacerda, também participou da reunião em defesa da libertação dos cindo cubanos, que foram presos em território norte-americano, em setembro de 1998, acusados de monitorar ações de grupos terroristas anti-Cuba, especialmente no estado da Flórida. Desde então, a questão ganhou repercussão internacional e adeptos no Brasil.

Criado em dezembro do ano passado, o Comitê Brasília para a Libertação dos 5 (CL5) conta com 35 associados. O comitê pretende que a causa de Antonio Guerrero, Fernando González, Gerardo Hernández, Ramón Labañino e René González seja discutida e revista pelo governo dos Estados Unidos. Existem mais de 300 iniciativas semelhantes ao CL5 em todo o mundo.

Ismael César é diretor da Central Única dos Trabalhadores no Distrito Federal (CUT-DF) e membro do CL5. Segundo ele, o objetivo da visita foi contar com o apoio da UnB para adotar ações para a libertação dos cinco cubanos.

Além da UnB, o grupo tem audiências marcadas com a Anunciatura Apostólica, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e a Frente Parlamentar Brasil-Cuba. O CL5 pretende confirmar encontro já solicitado com o embaixador dos Estados Unidos, no Brasil.

"Queremos que sejam discutidas as dimensões política e humanitária do caso. As condições de tratamento dos presos, as falsas razões de sua prisão e as falhas no julgamento, que precisam ser revistas", afirmou o diretor da CUT-DF.

A intenção do CL5 é organizar, em Brasília, o relançamento do livro "Os Últimos Soldados da Guerra Fria", de Fernando Morais e organizar palestras e debates em escolas, congressos e universidades para esclarecer e tornar pública a questão.

O grupo quer discutir com a sociedade outras questões relacionadas com os direitos humanos, a liberdade de imprensa em Cuba e o bloqueio imposto pelos Estados Unidos.

Universidade
O reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior, destacou que a UnB possui uma tradição libertária. Disse ainda que é inadmissível que situações como essa continuem a existir nos dias de hoje.

"A universidade tem o dever de refletir criticamente sobre os fatos da política. Por isso, contribuiremos da melhor forma para a discussão do assunto", garantiu o reitor, que no próximo mês irá a Havana. O reitor reforçou que sua gestão é calcada nos direitos humanos.

Ele citou a forte participação de Cuba no Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura (Flaac) e o trabalho do Núcleo de Estudos sobre Cuba (Nescuba) como algumas das iniciativas da UnB que se aproximam da ilha caribenha.

Mauro Mendes, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) considera importante engajar outros setores da UnB.

"Temos que convocar para o debate os professores cubanos que trabalham na UnB, chamar a Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE)", afirmou.

Diferenças
O professor da Faculdade de Comunicação (FAC), Hélio Doyle, acredita que duas questões precisam ser consideradas.

"Em primeiro lugar, a opção de Cuba é socialista; é diferente do Brasil. Um segundo ponto é que a hostilidade permanente cria uma situação especial na ilha. Um país agredido por uma potência não é oposiocionista, é inimigo", analisou o docente que tem sua pesquisa de mestrado sobre o sistema político e o poder popular em Cuba.

Para mais informações sobre a situação dos cinco cubanos podem ser obtidas nos seguintes endereços: www.atiterroristas.cu e www.thecuban5.org









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