MEC faz balanço de 100 dias da Pneerq

Brasília-DF, sexta-feira, 22 de novembro de 2024


Brasília, segunda-feira, 23 de setembro de 2024 - 20:5      |      Atualizado em: 26 de setembro de 2024 - 19:49

MEC faz balanço de 100 dias da Pneerq

Ministério e entidades avaliam dificuldades e expectativas na implantação da política criada para promover a redução das desigualdades etnico-raciais em ambientes de ensino

Foto/Reprodução: Fábio Nakamura/MEC
Reunião do Balanço de 100 dias da Pneerq com entidades e movimentos sociais negros.

Aos 100 dias da criação da Pneerq (Política Nacional de Equidade, Educação para Relações Étnico-Raciais e Educação Escolar Quilombola) foi realizada a primeira de 3 reuniões para debater o tema. Lançada em maio deste ano, a Pneerq foca em gestores, professores, funcionários, alunos e toda a comunidade escolar. 

O encontro, na última sexta-feira (20), representantes do MEC (Ministério da Educação), a ministra Macaé Maria Evaristo do MDH (Ministério dos Direitos Humanos) e mais 30 membros de entidades como a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e de organizações e movimentos sociais negros falaram das dificuldades e expectativas de implementar as ações.

A proposta é atuar em conjunto para a realização de programas e metas de superação das desigualdades e do racismo em ambiente de ensino. 


Compromisso antigo

A iniciativa é um compromisso antigo do governo Lula e que foi renovado no encontro. O secretário-executivo do MEC, Leonardo Barchini, recordou a criação da Lei 10.639/03, que incluiu História e Cultura Afro-Brasileira no currículo da Rede de Ensino e a correlação com a Pneerq.

“Somente 21 anos depois, a gente pode estar aqui celebrando a implementação da política”, disse o secretário-executivo da pasta, Leonardo Barchini. 

Para alcançar as metas da Pneerq, o MEC deverá atuar em parceria com o MDH para “atender essa parte da população para a construção de um país um pouco mais justo, com mais equidade e mais digno para todos e todas”, concluiu Barchini.

“A gente sabe que lutar pelo direito à educação não será efetivo se a gente não tiver a garantia de vários outros direitos que estão interconectados. O direito à educação é um direito fundamental e é essa tarefa que eu vim cumprir no Ministério dos Direitos Humanos”, ressaltou a ministra Macaé Maria Evaristo.


Participação social

Além de apresentar o balanço dos 100 dias, a Secadi (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão), do MEC, apontou a importância da participação social para prevenir e corrigir eventuais erros na implantação da medida.

“Para essas políticas chegarem, se fortalecerem e enraizarem, elas precisam absolutamente das pessoas que fazem a política acontecer”, afirmou a secretária Zara Figueiredo. 

“Obviamente, secretários municipais de educação são importantes e nós precisamos conversar com eles, mas conversar com os movimentos e esperar que eles nos digam onde nós estamos errando, para nós, é absolutamente importante, pedagógico e político”, completou Zara.


Brasil competitivo

A presidente do SAEP, Maria de Jesus da Silva, ressalta que trata-se de direito constitucionalmente previsto. “O desenvolvimento pleno do Brasil depende da necessária e justa inclusão de pessoas negras, indígenas e quilombolas em todas as esferas sociais”, aponta.

Segundo Maria de Jesus, o acesso ao ensino de qualidade é premissa para que se tenha profissionais capazes de elevar o país ao nível de competitividade internacional na oferta não só de serviços mas também de tecnologias. 


Próximas reuniões

O próximo encontro para debater a implementação da Pneerq será no dia 24 de setembro com representantes do Fórum de Educação Básica da ABPN (Associação Brasileira de Pesquisadores Negros) e do Conneabs (Consórcio Nacional de Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros). 

Dia 3 de outubro, será a vez das entidades do movimento negro, como a Marcha Mulheres Negras, Convergência Negra, Coalização Negra, Frente Nacional Antirracista, Ação Negra, Uneafro, Educafro, Aquilombação, entre outras, debaterem o tema.  

Também estão previstos outros eventos para discussão com intelectuais, pesquisadores e profissionais da comunicação.


Compromissos da Pneerq

• Estruturar sistema de metas e monitoramento;

• Assegurar a implementação do art. 26-A da Lei nº 9.394/1996;

• Formar profissionais da educação para gestão e docência no âmbito da educação para as relações étnico-raciais (Erer) e da educação escolar quilombola (EEQ);

• Induzir a construção de capacidades institucionais para a condução das políticas de Erer e EEQ nos entes federados;

• Reconhecer avanços institucionais de práticas educacionais antirracistas; 

• Contribuir para a superação das desigualdades étnico-raciais na educação brasileira;

• Consolidar a modalidade EEQ, com implementação das Diretrizes Nacionais; e

• Implementar protocolos de prevenção e resposta ao racismo nas escolas (públicas e privadas) e nas instituições de educação superior. 


Com informações do Ministério da Educação.









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com