Colégio identifica e pune alunos envolvidos em caso de racismo

Brasília-DF, sexta-feira, 22 de novembro de 2024


Brasília, quinta-feira, 2 de maio de 2024 - 20:24      |      Atualizado em: 13 de maio de 2024 - 7:57

Colégio identifica e pune alunos envolvidos em caso de racismo

Aos alunos que sofreram as agressões, nosso apoio para que superem o trauma e recuperem a autoestima, pois não mal algum em ser pobre, negro e filho de empregada doméstica

A apuração interna se deu por análise de imagens de câmeras de segurança e entrevistas com 57 pessoas ligadas ao evento de futsal do dia 3 de abril, no Colégio Galois. Com o trabalho, foram identificados entre os “possíveis envolvidos” no caso de racismo 10 alunos. 

“Foram dias exaustivos de levantamentos, escutas e reuniões. Tudo realizado com muita prudência, sempre assessorados por nossos consultores jurídicos e respaldados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), pois as questões trazem consequências para os menores", está escrito na nota oficial da instituição.

Familiares desses estudantes também foram ouvidos. A avaliação colegiada do Comitê de Diversidade e Inclusão, formado por especialistas pedagógicos, foi passada ao presidente do processo e aos advogados educacionais que concluíram pela notificação dos 10 estudantes “por condutas que variam entre insultos racistas, insultos classistas e manifestações acaloradas”.

Desses, 5 alunos pediram o desligamento do Colégio. Os que permaneceram receberam medidas pedagógicas éticas e disciplinares. De acordo com o Galois, foram definidas sanções a serem aplicadas de modo escalonado conforme a gravidade dos atos praticados, seja a mera participação, apoio ou incentivo, chegando até a conduta da injúria em si.

“Dentre os que seguiram no processo: houve desligamentos, a alguns foram imputadas medidas pedagógicas éticas e disciplinares e outros o Conselho julgou que não cabia penalidades por não estar comprovado o envolvimento”, afirmou o Galois.

Por se tratar de menores de idade, todos os trâmites foram concretizados com a garantia do anonimato e sigilo das informações.

O resultado da investigação será encaminhado à PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal), SEE (Secretaria de Educação), MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) e à Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima.

Conscientização para futuro
Para o SAEP, promover o combate ao racismo ou qualquer outro tipo de preconceito é responsabilidade de toda a sociedade. E quaisquer práticas nesse sentido devem ser, imediatamente, repelidas, conforme a legislação vigente assegura.

Como Trabalhadores e educadores, nosso compromisso é ainda maior na conscientização e na formação dos futuros adultos que irão ocupar espaços profissionais e assumir papéis sociais diversos.

Nesse sentido, é bem vista a iniciativa do Galois que, prontamente, atuou para coibir o racismo dentro da instituição, tendo mobilizado o corpo docente e implantado programas como o Comitê de Diversidade e Inclusão e a Diretoria de Direitos Humanos, Inclusão e Diversidade, além de ter reformulado o Manual de Conduta da escola.

Que o triste episódio sirva para a reeducação de muitos jovens, como exemplo prático de que não há privilegiados quando o assunto é racismo. Vitória importante contra o racismo e outras formas de preconceitos.

Aos alunos que sofreram as agressões, nosso apoio para que superem o trauma e recuperem a autoestima, pois não mal algum em ser pobre, negro e filho de empregada doméstica. O mal está no preconceito, que demonstra visão de mundo atrasada, precária e ignorante, por imaginar e publicizar essas anomalias sociais.









Últimas notícias

Notícias relacionadas



REDES SOCIAIS
Facebook Instagram

Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar em Estabelecimentos Particulares de Ensino no Distrito Federal

SCS Quadra 1, Bloco K, Edifício Denasa, Sala 1304,
Brasília-DF, CEP 71398-900 Telefone (61) 3034-8685
recp.saepdf@gmail.com