Lider nas pesquisas de intenção de voto, Agnelo é alvo de ataques

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Brasília, quarta-feira, 15 de setembro de 2010 - 13:2

DEBATE ELEITORAL

Lider nas pesquisas de intenção de voto, Agnelo é alvo de ataques


Fonte: Correio Braziliense

No debate multimídia promovido pelos Diários Associados, Agnelo Queiroz, que lidera as pesquisas de intenção de voto, foi alvo de Roriz, Toninho e Brandão. À exceção da segurança pública, candidatos divergiram em suas propostas

CB com edição

O petista Agnelo Queiroz, líder nas pesquisas de intenção de votos e com possibilidades de vencer as eleições no primeiro turno, foi bombardeado pelos adversários no debate promovido nesta terça-feira (14) pelos Diários Associados.

O dabate foi transmitido ao vivo pela TV Brasília e pelo CB On-line (www.correiobraziliense.com.br), além de inserções durante a programação das rádios Clube AM e FM. O evento foi realizado na sede do Correio Braziliense.

Os candidatos Joaquim Roriz (PSC), Eduardo Brandão (PV) e Toninho do PSol em alguns momentos se uniram para atacar o petista.

Agnelo (PT) reagiu às críticas com três pedidos de direito de resposta, dois deles aceitos pelo ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Antônio Villas Boas Teixeira de Carvalho, que presidiu a comissão julgadora.

Toninho também obteve um direito de resposta contra o petista.

O foco em Agnelo acabou por preservar Joaquim Roriz, que em encontros anteriores havia sido duramente atacado por seus adversários.

No debate de terça, o ex-governador teve que responder a apenas uma pergunta sobre o fato de ter sido considerado ficha suja pela Justiça Eleitoral.

E voltou a afirmar que confia na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo estando sem registro de sua candidatura a apenas 18 dias do primeiro turno, marcado para 3 de outubro.

Os candidatos participaram de cinco blocos em que tiveram oportunidade de responder a temas como ética na política, Lei da Ficha Limpa e propostas para o governo nas áreas de segurança pública, transporte, saúde, preservação do projeto urbanístico de Brasília e revitalização do comércio.

No primeiro bloco, a mediadora do debate, a jornalista Simone Souto, editora da TV Brasília, fez uma pergunta formulada pelos Diários Associados sobre os planos concretos a serem colocados em prática nos primeiros 100 dias de governo para reduzir a violência e o uso do crack.

Todos os concorrentes deram respostas objetivas sobre a atuação no setor, como aumento do policiamento e investimento em recursos humanos para melhorar a segurança em todas as regiões do Distrito Federal.

No bloco seguinte, os concorrentes responderam a perguntas de três repórteres do Correio Braziliense e de um assinante do jornal, coronel Affonso Heliodoro, presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal.

Roriz teve de tratar da possibilidade de sofrer a primeira derrota nas urnas, uma vez que pesquisas de intenção de votos têm registrado que o ex-governador está em desvantagem em relação ao principal rival, o petista Agnelo Queiroz.

O ex-governador negou que tenha medo de concluir a carreira política com um fracasso e garantiu ter confiança em uma decisão do STF que lhe devolva o direito de concorrer — Roriz não possui registro de sua candidatura por ter sido considerado ficha suja pela Justiça Eleitoral.

O recurso extraordinário interposto pela defesa do ex-governador foi remetido na última segunda-feira ao STF pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo Lewandowski.

Passado
Roriz, no entanto, não foi o único participante a ter de responder questões sobre o passado. Provocado pelos jornalistas do Correio, Eduardo Brandão deu explicações sobre uma condenação, ocorrida em 2002, do Tribunal de Justiça do DF por falência fraudulenta.

Agnelo tratou de supostas irregularidades ocorridas na distribuição de recursos do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, para organizações não governamentais.

Negou que a Operação Shaolin tenha envolvido seu nome em qualquer indício de desvio de dinheiro público. O ex-ministro do Esporte no governo Lula garantiu que denúncias relacionadas ao caso partiram de adversários políticos.

No terceiro bloco, ao responder a uma pergunta sobre seus baixos índices de intenção de votos nas pesquisas, Toninho do PSol atribuiu à desigualdade do volume de recursos das campanhas a sua performance na disputa eleitoral.

Embora tenha um discurso de ética e moralização, que tem muito apelo no eleitorado, principalmente depois da crise política e institucional que o Distrito Federal enfrentou, o candidato não conseguiu deslanchar.

Pesquisas de intenção de votos o colocam em um patamar que varia de 2% a 3% das intenções de votos.

Durante o debate, Roriz reafirmou o compromisso de ampliar o território do Distrito Federal, triplicando o quadrilátero aos moldes do tamanho definido pela Missão Cruls, que demarcou os limites da capital no fim do século 19.

Agnelo negou que pretenda liberar as vans na capital do país. Brandão, por sua vez, afirmou que o PV poderá participar do próximo governo, para colaborar, como fez na gestão do ex-governador José Roberto Arruda

 Entre os compromissos, Toninho prometeu que jamais permitirá a ocupação habitacional do Setor Habitacional Catetinho, como forma de preservação ambiental.

Confrontos
Toninho foi um dos críticos a Agnelo. Em um dos momentos mais quentes do debate, Roriz pediu que o candidato do PSol explicasse declarações de campanha sobre aliados de Agnelo que seriam "traidores" — em uma referência velada ao candidato a vice da coligação encabeçada pelo petista, Tadeu Filippelli (PMDB), que no ano passado conseguiu expulsar Roriz do PMDB.

Toninho disse que desaprova a aliança do petista com "setores do PMDB" envolvidos em denúncias de corrupção, com a "ficha suja", inclusive na Operação Caixa de Pandora.

Em um dos direitos de resposta concedidos pela organização do debate, Agnelo lamentou que o ex-petista, hoje no PSol, tenha servido "como linha auxiliar da direita no Distrito Federal" para combatê-lo.

O candidato do PSol, então, disse que jamais se uniria a Roriz: "Somos como água e óleo". Toninho sustentou ainda que o petista, e não ele, havia se encontrado com Roriz na casa do ex-governador.

O petista rebateu: "Converso com qualquer político do Distrito Federal e isso não tira minha independência". Sobre a aliança com o PMDB, Agnelo afirmou: "Essa é uma aliança vitoriosa que deu certo no país".

Para alfinetar Agnelo, Eduardo Brandão disse que o petista dá respostas genéricas a problemas do DF.









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