Brasília, sexta-feira, 19 de novembro de 2010 - 18:45 | Atualizado em: 22 de novembro de 2010
LUTA HISTÓRICA
DF: semana de comemoração pelo Dia da Consciência Negra
Fonte: Com agênicas
A data 20 de novembro foi escolhida como o Dia da Consciência Negra por marcar a morte do maior ícone da história dos negros no Brasil
No dia 20 de maio (sábado) comemora-se o Dia da Consciência Negra. A data é comemorada em todo o país e, em alguns municípios, é feriado.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos e se tornado feriado nos últimos anos.
Em todo país, entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras.
A data 20 de novembro foi escolhida como o Dia da Consciência Negra por marcar a morte do maior ícone da história dos negros no Brasil.
Nesse dia, em 1695, Zumbi dos Palmares foi morto após ter sido denunciado por um companheiro e capturado pelos portugueses, dando fim ao Quilombo dos Palmares, o maior do país, situado em Alagoas, que chegou a abrigar mais de 30 mil negros.
Zumbi foi morto e seu corpo foi exibido em praça pública para semear o medo entre os escravos e impedir novas revoltas e fugas.
Mas o efeito foi oposto, despertando em muitos a consciência de que era preciso lutar contra a escravidão e as desigualdades, como Zumbi ousou fazer.
Durante o período da escravidão, os negros sofreram inúmeras injustiças. E ás custas do seu sofrimento nas senzalas, nos campos e nas cidades, foi erguido tudo o que havia no Brasil daquela época.
Os negros resistiram de diversas formas, nas muitas revoltas, fugas e com a formação de quilombos em várias partes do país. Assim, surgiu o Quilombo dos Palmares e o seu sonho de liberdade, que teve como principal líder Zumbi.
Veio a Abolição em 1888, o Brasil mudou e hoje é uma das maiores economias do mundo.
No entanto, os negros continuaram em situação de desigualdade, ocupando as funções menos qualificadas no mercado de trabalho, sem acesso às terras ancestralmente ocupadas no campo, e na condição de maiores agentes e vítimas da violência nas periferias das grandes cidades.
Sua luta, inspirada em Zumbi e em outros heróis negros que tombaram ao longo do caminho, precisava continuar.
A memória deste herói nacional, no Dia da Consciência Negra, nos compromete com a construção de uma sociedade na qual todos tenham não apenas a igualdade formal dos direitos, mas a igualdade real das oportunidades.
Veja a programação no DF da Semana da Consciência Negra:
- Festival da Mulher Afro Latino Americana Caribenha. Local: tendas montadas na Esplanada dos Ministérios, dos dias 24 a 26 de novembro
24 de novembro (Quarta-feira)
- 14h - Abertura com Federação de Umbanda e Candomblé do Distrito Federal e Entorno
- 15h às 17h - Seminário 01 - Censo: Mulheres Negras, Trabalho e Terra
25 de novembro (Quinta-feira)
- 10h às 12h - Seminário 02 - Censo: Mulheres Negras na Política
- 14h às 16h - Seminário Censo: Mulheres Negras na Cultura e Comunicação
26 de novembro (Sexta-feira)
- 10h às 12h - Seminário Censo: Mulheres Negras na Educação
- 14h às 16h - Seminário Censo: Saúde da População Negra
26 de novembro (Sexta-feira)
- 10h - Feira de Afro Negócios
- 18h - Apresentações Artísticas:
• Batalá
• Lia de Itamaracá
• DJ Donna
• DJ Marta Crioula
Exposição
Herança Africana: retrato das mulheres africanas e afrocolombianas
Uma exposição fotográfica de: Angèle Etoundi Essamba (Camarões)
Período de visitação:
De 11 de novembro a 02 de dezembro de 2010 (segunda a sexta-feira, das 9h às 17h)
Local: Sala de Exposições do Espaço Cultural da Câmara dos Deputados
Palácio do Congresso Nacional – Praça dos Três Poderes – Brasília – DF
O Sindicato dos Bancários exibe – A Revolta da Chibata
O Sindicato exibirá na sede da entidade, no dia 25, o filme A Revolta da Chibata, seguido de debate com a presença da desembargadora Luislinda Valois, do Tribunal de Justiça da Bahia.
O evento será às 19h, na sede da entidade (EQS 314/315). A entrada é franca.
A Revolta da Chibata narra a história da insurreição deflagrada em 1910 no Rio de Janeiro por marinheiros, principalmente negros, cansados dos maus tratos e das agressões físicas a eles impostos por seus oficiais.
A revolta culminou com um motim que se desenrolou de 22 a 27 de novembro daquele ano na baía de Guanabara e teve como um de seus principais líderes o marinheiro negro João Cândido.
Luislinda Valois é conhecida como a primeira mulher negra a se tornar magistrada no país. Atualmente, ocupa o cargo de desembargadora no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Ela é autora do livro O Negro no Século XXI, lançado pela editora Juruá.
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