Estudantes lavam a ‘sujeira’ do Banco Central de aumentar juros

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Brasília, quarta-feira, 31 de agosto de 2011 - 17:47

PROTESTO

Estudantes lavam a ‘sujeira’ do Banco Central de aumentar juros


Fonte: Portal Vermelho

“Estudante na rua, qual é sua missão?” 10% do PIB para educação”. A palavra de ordem foi o mote da manifestação que a União Nacional dos Estudantes (UNE) promoveu, nesta quarta-feira (31), em Brasília, encerrando as atividades do Agosto Verde-Amarelo

reprodução

Os estudantes se concentraram em frente a agência do Banco Central; de lá saíram na Marcha dos Estudantes, percorrendo toda a Esplanada dos Ministérios, até o Congresso Nacional, onde repetiram suas reivindicações.

Carro pipa lavou a calçada do Banco Central e alivou calor dos manifestantes. A irreverência marcou a manifestação em frente ao Banco Central, onde aconteceu nesta quarta-feira (31), a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que define a taxa básica de juro.

Sob as palavras do presidente da UNE, Daniel Iliescu, de "o Banco Central está sujo, está fedendo, vamos lavar o Banco Central", uma grande mangueira do carro-pipa estacionado no local foi ligada e lavou a calçada do Banco Central e aliviou o calor dos manifestantes, que estavam sob sol forte e ar seco, típico da cidade nessa época do ano.

A manifestação contra os juros altos e por 10% do PIB (Produto Interno Bruto) e 50% do fundo social do pré-sal para educação recebeu apoio e solidariedade da dirigente estudantil chilena, Camila Vallejo, e de parlamentares.

Iliescu disse que o recado para a Presidente da República, Dilma Rousseff; o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e para a sociedade brasileira é que os estudantes não vão descansar enquanto não alterar a realidade das escolas públicas do Brasil.

Apoios e solidariedade
"Queremos um país da educação, do trabalho e da produção, não um país que todo mundo vem para especular e ganhar dinheiro", disse Iliescu, reivindicando a "redução imediata da taxa de juros do país", destacando que essa bandeira de luta recebe apoio das centrais sindicais, movimentos sociais e parlamentares.

O apoio à luta dos estudantes foi manifestada pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE), que discursaram para os milhares de jovens que se aglomeravam, agitando bandeiras e gritando palavras de orem.

O senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que também discursou para os estudantes, criticou a proposta de independência do Banco Central.

"Ele deve ser dependente do povo brasileiro, dos estudantes, dos sem-terra, dos interesses de quem produz no Brasil. Ele precisar baixar essa taxa imoral de juro", afirmou o senador, reafirmado o apoio do PCdoB na luta pelos 10% do PIB (Produto Interno Bruto) e 50% do fundo social do pré-sal para a educação, além de um Plano Nacional de Educação prá valer.

A estudante chilena, Camila Vallejo, falou em espanhol, mas a barreira da língua não prejudicou a compreensão de sua fala.

Os manifestantes responderam com gritos de entusiasmo as palavras de agradecimento ao povo brasileiro pela solidariedade à luta dos estudantes chilenos.

Ela disse que estava no Brasil para trazer a solidariedade dos estudantes chilenos aos brasileiros e que os estudantes da América Latina devem se unir na luta pela garantia de seus direitos para construção de um futuro justo e democrático.

Vallejo disse que a luta deve ser pelo fortalecimento da educação pública e contra os privilégios do capital financeiro e da classe política.

No meio da Marcha, os estudantes encontraranm o ministro do Esporte, Orlando Silva, que posou para fotos com estudantes.

O ministro disse que ouviu o barulho da manifestação e saiu de seu gabinete "para matar a saudade". O ministro iniciou sua vida política como presidente da UNE em 1995.

O ministro apoiou a reivindicação de que 10% do PIB seja repassado para a educação. "Todo o investimento em educação no Brasil é pouco. Precisamos ampliar o acesso e aumentar a qualidade.

Se tenho a chance de defender os interesses dessa classe, sempre defendo. A reivindicação é mais do que justa, é necessária", disse Silva.









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