Brasília, quinta-feira, 2 de junho de 2016 - 11:31
MULHER TRABALHADORA
Secretária de Políticas para as Mulheres do governo golpista é machista e reacionária
Fonte: Portal CTB
Governo golpista nomeia mulher machista para a Secretaria da Mulher
Em nova trapalhada, o governo golpista Temer nomeou, nesta terça-feira (31), para a Secretaria de Políticas para as Mulheres a ex-deputada Fátima Pelaes, do PMDB do Amapá, conhecida por suas posições fundamentalistas e profundamente machistas.
“O machismo foi forjado cultural e ideologicamente e por isso não tem sexo. Muitas mulheres são tão ou mais machistas que muitos homens”, diz Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Fátima tem posições contra as bandeiras do movimento feminista. Ela é contra a descriminalização do aborto, mesmo em casos de estupro. Ela garante que não “levanta bandeiras contrárias aos valores bíblicos”, desconhecendo que o Estado é laico.
Também defende o Estatuto do Nascituro, que coloca a mulher em posição de inferioridade até em relação ao feto. Além de apoiar o Estatuto da Família, cujo teor não reconhece famílias contemporâneas que fogem à regra do patriarcado.
Com posições extremamente moralistas, conservadoras, machistas e homofóbicas, esteve envolvida no caso de desvios de dinheiro público do Ministério do Turismo em 2011.
“Precisamos escolher bem nossas representações”, reforça Ivânia. “Necessitamos de representantes qualificadas, que entendam que a mulher é discriminada e tida como vulnerável para podarem a sua liberdade de ir e vir em segurança e em paz”.
Por isso, “não basta trocar um machista masculino por uma machista feminina. É necessário enxergar o mundo com os olhos da mulher que sofre com a tripla jornada, com o assédio, com a cultura do estupro e vive com medo”, afirma.
Mas também com “os olhos da mulher que vai à luta por direitos iguais”, diz ela. “A mulher que acredita no futuro e exige seus direitos seja no mercado de trabalho, no lar, no transporte público, em todos os lugares e exige uma vida sem violência e sem opressão venha de onde vier”.
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