Senado aprova isenção de IR proposta por Lula e amplia taxação sobre grandes fortunas e dividendos

Brasília-DF, quarta-feira, 5 de novembro de 2025


Brasília, quarta-feira, 5 de novembro de 2025 - 20:16

Senado aprova isenção de IR proposta por Lula e amplia taxação sobre grandes fortunas e dividendos

Com apoio unânime, texto que beneficia quem ganha até R$ 5 mil segue para sanção presidencial. Governo aposta na medida como símbolo de justiça fiscal e social

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (5), o PL 1.087/25, que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil mensais e aumenta a tributação sobre altas rendas e dividendos.

O texto, de autoria do governo Lula (PT),e relatado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), foi aprovado simbolicamente e por unanimidade após análise na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).

Renan acatou apenas emendas de redação para evitar o retorno do projeto à Câmara. Segundo ele, “a medida reduz a carga tributária sobre 25 milhões de brasileiros de baixa renda e corrige uma anomalia histórica do sistema”.

Prazo e abrangência
A nova tabela entra em vigor em janeiro de 2026. A isenção vale para rendas até R$ 5 mil, com descontos parciais até R$ 7.350. Acima desse valor, permanecem as alíquotas atuais.

O texto aprovado também cria tributação mínima de 10% para rendimentos anuais acima de R$ 1,2 milhão, incluindo lucros e dividendos.

Pagamentos acima de R$ 50 mil mensais em dividendos também serão tributados. Distribuições aprovadas até dezembro de 2025 ficarão isentas.

Justiça tributária
Líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), destacou que o projeto “escreve uma página importante na política brasileira”.

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) lembrou que a tabela ficou congelada entre 2015 e 2022 e disse que Lula “recoloca o IR no trilho da justiça social”.

Taxação de bets e fintechs
Para compensar a renúncia fiscal, o Senado analisará o PL 5.473/25, de autoria de Renan, que eleva a tributação sobre fintechs e apostas de quota fixa (bets).

O texto, relatado por Eduardo Braga (MDB-AM), dobra a alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido) de 12% para 24% e busca coibir lavagem de dinheiro e evasão fiscal no setor.

Contexto político
A aprovação unânime reforça a estratégia do Planalto de demonstrar compromisso com a chamada “classe média” e os assalariados, em meio às pressões por ajuste fiscal.

Lula deve sancionar o texto nas próximas semanas.









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