Brasília, quinta-feira, 6 de agosto de 2009 - 12:14
ALIMENTAÇÃO
Preço da cesta básica em queda
Fonte: Tribuna do Brasil
No Distrito Federal passou para R$ 217,18. Goiânia teve maior redução: 8,11%

O custo da cesta básica de alimentos no Distrito Federal apresentou leve aumento no mês de julho em relação ao seu custo no mês anterior.
A pesquisa mensal da Cesta Básica realizada no Distrito Federal pelo Dieese constatou uma variação de 0,69% no preço médio dos treze produtos pesquisado.
O valor da cesta básica no DF passou a ser de R$ 217,78 no referido mês. No entanto, tanto nos últimos doze meses quanto no corrente ano, o valor da cesta continua mostrando quedas.
Os produtos da cesta básica ficaram mais baratos em julho, na comparação com o mês anterior, em 14 das 17 capitais pesquisadas. Em relação ao mesmo período do ano passado, o valor da cesta caiu em 15 capitais.
A maior queda foi constatada em Goiânia, onde o consumidor pagou em julho 8,11% menos do que pagava em junho último.
Em Goiânia, o valor da cesta ficou em R$ 195,55, acumulando no ano queda de 6,63% e, nos últimos 12 meses, de 4,25%.
Entre as demais capitais com quedas expressivas destacam-se o Rio de Janeiro, com menos 3,78% e custo de R$ 211,88; Fortaleza, com menos de 3,47% e valor de R$ 182,12; e Curitiba, com menos 3,19 e custo de R$ 206,71.
A cesta mais cara foi a de Porto Alegre, com custo de R$ 237,45, mas com queda de 2,55% na variação mensal e de 6,83% sobre o mesmo período de 2008.
Em São Paulo, o valor caiu para R$ 227,17, com menos 0,41%. Comparada ao resultado de julho do ano passado, no entanto, a queda é mais significativa: 9,90%.
O economista José Maurício Soares, responsável pela pequisa do Dieese, disse que a boa oferta de produtos no mercado interno justifica a queda no valor das cestas. Soares ressaltou que os preços vêm apresentando movimento de baixa há dois anos.
Em 2007, a estiagem provocou escassez de alguns produtos e preços em alta despertaram o interesse dos produtores, que ampliaram a área plantada e, com o clima mais favorável na safra seguinte, houve boa colheita, lembrou o economista.
Soares apontou ainda a demanda em baixa para o mercado externo em razão da crise financeira internacional como fator que contribuiu para queda de preços de alguns itens como, por exemplo, o óleo de soja.
Esse produto teve cotação média inferior à de junho em 16 capitais, com variações mais expressivas em Vitória, com menos 6,32%; Fortaleza, com menos 4,78%; Belo Horizonte, com menos 4,28%; e Belém, com menos 4,27%.
A seca elevou o preço da carne no DF
Em relação à carne, que tem mais peso na cesta básica, a pesquisa mostrou queda de preço em nove capitais, com destaque para Goiânia (-5,86%) e Natal (-2,45%).
Com a pastagem afetada pela seca em parte do Sudeste e, principalmente, no Centro-Oeste, isso elevou o preço do produto em oito localidades.
As maiores altas foram em Aracaju (4,47%) e em Brasília (2,23%). O preço do tomate, que também caiu em 16 capitais, chegou a ficar em até 32,76% mais barato em Goiânia.
As baixas foram expressivas também em Fortaleza (-23,15%), Rio de Janeiro (-21,15%) e Vitória (-20,09%).
O arroz teve queda em 13 capitais, com destaque para Brasília (-8,13%), Belo Horizonte (-4,46%) e Goiânia (-4,12%).
O preço do feijão, no entanto, subiu em 16 capitais, assim como o do leite e o da manteiga.
O feijão ficou mais caro em Fortaleza (11,50%), São Paulo (9,77%), Recife (9,49%) e Belo Horizonte (8,36%).
O trabalhador que mora na cidade de São Paulo e ganha salário mínimo comprometeu 107 horas e 29 minutos da sua jornada com a compra dos produtos da cesta básica.
Esse tempo foi um pouco menor do que o de junho (107 horas e 55 minutos) e bem inferior ao de julho de 2008 (133 horas e 40 minutos).
O custo da cesta atingiu 53,10%, percentual ligeiramente inferior ao de junho, que foi de 53,32%.
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