Brasília, sexta-feira, 11 de dezembro de 2009 - 11:29
CAIXA DE PANDORA
Corrupção no DF: DEM insiste em salvar o vice de Arruda
Fonte: Brasília Confidencial
A direção nacional do DEM reafirmou ontem a intenção de salvar o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, garantindo assim a permanência do partido no comando do governo e alguma perspectiva de conquistar mais quatro anos de poder nas eleições de 2010.
Nesta quinta-feira (10), o candidato natural do DEM, governador José Roberto Arruda, tomou a iniciativa de abandonar a candidatura à reeleição desligando-se do Democratas, um dia antes de ser julgado e, provavelmente, expulso do partido. Agora, o DEM joga todas as suas fichas em Paulo Octavio.
É uma aposta de altíssimo risco. O comando nacional justifica a tentativa de proteger Paulo Octávio, presidente regional do partido, alegando que ele não apareceu em nenhum dos videos que mostram beneficiários do mensalão do DEM recebendo propina.
Para o presidente dfo diretório nacional, deputado Rodrigo Maia (RJ), o vice-governador só é citado. "Paulo Octavio não tem vídeo recebendo recursos", argumentou.
O que tem contra Paulo Octavio, no inquérito policial que investigou o propinoduto, é um depoimento e é também uma série de videos que mostram o principal executivo de seu grupo empresarial, Marcelo Carvalho, recebendo dinheiro.
O depoimento é mais direto. Nele, o então secretário de Relações Institucionais do Governo Arruda e delator do esquema, Durval Barbosa, afirma que o vice-governador recebia 30% de toda a propina arrecadada.
Apesar disso, o líder do DEM no Senado, Agripino Maia (RN), entende que Paulo Octavio não apenas deve ser poupado de qualquer investigação do partido como "tem condições de conduzir o diretório regional".
Confissão enganosa e dissimulada
Apontado em inquérito policial como suspeito de chefiar uma quadrilha que fraudava licitações, superfaturava contratos, desviava dinheiro público, formava caixa 2 eleitoral, arrecadava, embolsava e distribuía propinas, o governador José Roberto Arruda (DEM) produziu nesta quinta-feira (10), uma espécie dissimulada, parcial e enganosa de confissão de algum ou de todos os múltiplos e graves crimes de que é acusado.
Nesse esforço, inventou um nome para o mensalão do DEM ("distorção") e uma culpada (a legislação eleitoral), com o aparente objetivo de reduzir suas responsabilidades ao uso de financiamento ilegal de sua última campanha eleitoral.
A confissão mascarada consta da carta em que Arruda pediu desligamento do DEM. Num dos trechos, o governador aponta a necessidade de "uma reforma política que evite os fatos que se repetem sucessivamente, causando justa repugnância nos cidadãos brasileiros.
Hoje, essa distorção me atinge", disfarça Arruda, "como já atingiu vários políticos de outras legendas e, amanhã, se não for modificada, fará novas vítimas".
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