Brasília, segunda-feira, 10 de janeiro de 2011 - 15:37 | Atualizado em: 25 de janeiro de 2011
TV
E a guerra continua...
Por: Renato de Souza
Nesta semana mais um capitulo da briga entre as emissoras de TV se passou no país. Saiba como deveria ser a comunicação no Brasil

Nesta semana o público brasileiro pode presenciar mais uma vez a batalha das maiores redes de TV brasileira, na última quinta-feira (6) uma jornalista da TV RIC, Rede Independente de Comunicação, que é afiliada da TV Record, a repórter Maritânia Forlin, de 28 anos, foi presa junto com outras 16 pessoas, acusada de envolvimento com o tráfico de drogas e assassinatos no Paraná.
Apesar da Jornalista não trabalhar para a TV Record, a sua principal concorrente a TV Globo do Rio de Janeiro exibiu a notícia para todo o país.
Até ai tudo bem, a não ser o fato de a linguagem usada na matéria passar a impressão de que a TV Record havia empregado uma criminosa. Como a TV Record é apenas afiliada da TV RIC, a emissora de São Paulo não é responsável pelo quadro de funcionários da emissora parceira.
O vínculo das duas emissoras acontece na troca e divulgação de notícias. A TV Globo procurou a TV Record, mas a emissora não se pronunciou sobre o assunto, e nem deveria, se for analisado pelo lado profissional.
Mas é claro que a história não ficaria assim. Nesta segunda-feira(9), a TV Record publicou no seu portal de notícias R7.com uma série de comentários sobre o programa BBB 11(Big Brother Brasil 11) que estréia este mês na TV Globo.
A página trás informações para quem odeia o BBB, e ainda enquetes do tipo: O que você mais detesta no BBB?
As emissoras de TV não compram o espaço, e sim o direito de transmitir sua programação que vale por 15 anos.
Elas recebem um espaço no espectro eletromagnético que é uma linha de transmissão magnética que é dividida entre as transmissões de rádio das forças armadas, de segurança pública, rádios públicas, educativas comunitárias e privadas, além das emissoras de TV, públicas, abertas, educativas e privadas.
Então o espaço que recebem é público e para usar esse espaço as emissoras tem que seguir as regras da constituição federal, entre elas o de incentivar a cultura, a educação e a identidade nacional, e ainda preservar o respeito com a família a criança e o adolescente, e nunca incentivar o ódio ou a violência.
As emissoras deveriam incentivar a cultura nacional, assim como as músicas do país, o teatro e a educação.
Mas acima de tudo deveria reunir a sua redação para discutir como preservar a identidade nacional e incentivar a educação na nossa nação, e não reunir a equipe para decidir qual a próxima rasteira que vai dar na concorrente.
O ministério das comunicações e o congresso nacional são responsáveis por regular todo o conteúdo que é exibido nos meios de comunicação, mas há uma grande diferença entre regular e censurar.
A liberdade de expressão é assegurada a qualquer brasileiro, desde que não fira os direitos humanos.
Mas apesar dos poderes públicos terem esse poder de regular a mídia, isso não acontece da melhor maneira.
As regras de comunicação hoje, são bem mais rígidas quando se trata de emissoras de rádio e TV comunitárias, do que em comerciais.
As rádios comunitárias são aquelas que estão localizadas em apenas uma cidade, e tem por objetivo priorizar as notícias locais e o incentivo a cultura. Nem sempre esse objetivo é cumprido, mas isso é conversa para uma outra matéria.
Enfim a comunicação hoje no Brasil está funcionando de forma sensacionalista e coloca em primeiro lugar as empresas patrocinadoras e não o público, e ainda dão mais importância a fatos não educativos, na maioria das vezes tragédias ou assassinatos, e acabam se esquecendo de que sem a educação isso vai continuar a acontecer.
A TV tem o dever de informar e formar opinião crítica em meio a população, e caso não faça isso, você pode denunciar para o poder público, pelo número 0800 619 619.
A TV de qualidade é um direito de todos, e acima do poder público o poder está na casa de todos os brasileiros, e ninguém pode mudar isso, aliás o controle remoto está na sua mão e é a audiência que define quem fica ou sai do meio público.
As denúcias de falta de ética na TV podem ser feitas pelo número 0800619619
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