Nova Direção, novas atitudes e práticas em relação às homologações das demissões em massa nas instituições de ensino. As instituições que demitem em massa têm que conversar com o Sindicato para que a entidade busque alternativas às demissões, que vão desde a reversão da dispensa até a concessão de algum benefício para esse trabalhador ou trabalhadora que fica desempregado.  Afinal o Sindicato não é um escritório ou extensão dos RHs das instituições de ensino.

Todo início e final de ano, bem como nas férias do meio do ano, é um festival de demissões nas instituições de ensino privado no DF. Este final de 2015 e início de 2016 não estão sendo diferentes.

Os pretextos são os mesmos de sempre: enxugamento, terceirização dos serviços, reestruturação, adequação à crise na economia, culpa do governo etc.

Seja qual for o discurso, a intenção sempre é uma só: demitir para manter ou aumentar os exorbitantes lucros. Pior, a maioria das IEs demitem sem o menor pudor. Seus colaboradores — pais e mães de família — são apanhados de surpresa, com contas, aluguel para pagar e filhos para educar e sustentar. Onde fica a tão propalada "responsabilidade social" dessas empresas?

De quem é a responsabilidade?
Embora a maioria das demissões tenha ocorrido entre final de novembro e início de dezembro — com certeza planejadas, no mínimo, um mês antes — quase todas as instituições só procuraram o SAEP para agendar as referidas homologações a partir de 21 de janeiro deste ano (após o recesso de fim de ano e férias coletivas)!

Com a agenda cheia, o SAEP busca meios para agilizar as referidas homologações e diminuir os desgastes de demissões de tantas trabalhadoras e trabalhares.

Algumas IEs já se sentaram à mesa com o Sindicato para dialogar e já foram fechados vários acordos com o SAEP, a exemplo do Colégio Sete Estrelas, de Sobradinho. Nessas negociações chegamos a reverter algumas dessas demissões ou negociamos a concessão de cesta alimentícia e programas de qualificação profissional.

Iesb: caso sério e número incerto de demissões

No Iesb, a instituição ainda não informou número total de demitidos. São dezenas e dezenas de trabalhadores postos na rua. Os depoimentos são revoltantes. Só no Sindicato foi encaminhado pedido de 22 homologações, excluídos professores e os auxiliares com menos de um ano de trabalho.

Embora a primeira reunião com o Sindicato não tenha avançado, a Direção da empresa procurou o SAEP para nova reunião prevista para esta quarta-feira quando buscaremos uma solução negociada que evite maiores prejuízos aos empregados vitimados pelas demissões.

No Sigma, a empresa ficou de analisar propostas alternativas apresentas pelo Sindicato para amenizar o impacto de dezenas de demissões alem do agravante de sua política de terceirizações do trabalho que está sendo analisada junto ao nosso jurídico. Até o momento a instituição não retornou contato.  

No Colegio Serius, Unip, e outras, aguardamos posição de suas direções.

Enquanto buscamos dialogar para solução desses conflitos, preparamos reação no plano da ação direta com protestos em algumas IEs e no campo jurídico.