A nova Farmácia de Alto Custo funciona na Estação do Metrô da 102 Sul. O espaço, de acesso fácil ao serviço de transporte, chegou com problemas antigos.

"O que adianta uma coisa bonita dessas? Dizem que tem conforto, mas eu não estou vendo conforto nenhum. Tem um monte de idoso sofrendo, sendo empurrado. Cadê o atendimento?", questiona a dona de casa Maria do Socorro.

Outro idoso que reclama é o senhor Aria, que vai voltar para casa sem a medicação da esposa. Ela faz tratamento para controlar o colesterol. "Como que tem um negócio aberto e não tem o material?", reclama.

José já tentou, por 14 vezes, pegar o remédio contra reumatismo que a esposa usa. "Já tem uns 40 dias que ela está sem o remédio. Já nem está conseguindo andar direito. É difícil", conta o aposentado José Cordeiro.

A Secretaria de Saúde tem uma lista de 600 remédios de alto custo para fornecer à população. Vinte deles estão em falta. Já foram comprados, mas não chegaram à central de abastecimento.

"Não é que estão faltando. Eles foram comprados e a empresa tem um prazo pra entregar. São de 20 a 22 medicamentos que eles estarão entregando. Neste primeiro dia é natural todo esse fluxo, já que as coisas não estão totalmente definidas. Na sexta-feira, a coisa já estará bem melhor", garante o secretario de Saúde Joaquim Barros.

O número de atendentes na nova farmácia continua o mesmo: 48. Mesmo assim, a Secretaria de Saúde promete contratar mais 20 funcionários. A estimativa é atender pelo menos 1,4 mil pessoas por dia.

Gente de toda parte frequenta o lugar, mas nem sempre sai com uma boa notícia. "Eu fico contrariado. Já vim aqui três vezes e não tem o remédio. Ela não pode ficar sem esse remédio. Ela toma esse remédio pra não enfartar", diz o aposentado Francisco Oliveira.

"É um direito que nós temos. Tem que ter remédio. É direito do idoso que nós temos", lembra o motorista José Melo.

Serviço
O atendimento ao público na Farmácia de Alto Custo é de segunda à sexta, das 8h às 18h, sem intervalo.