Brasília, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009 - 17:12 | Atualizado em: 26 de fevereiro de 2009
EDUCAÇÃO
Mais segurança nas escolas
Fonte: Correio Braziliense
Cerca de mil policiais militares aposentados deverão voltar ao serviço ostensivo para reforçar o policiamento nas escolas de Brasília. Apesar de ainda estudar a melhor maneira para reconvocá-los, o Governo do Distrito Federal (GDF) aposta no projeto como alternativa para diminuir a violência e a insegurança no perímetro escolar. Os PMs, inativos após mais de 30 anos de trabalhos prestados à corporação, retornariam às ruas recebendo quantias adicionais aos atuais vencimentos.
O estudo do GDF está em fase de elaboração e sob responsabilidade do secretário de Transportes, Alberto Fraga, coronel reformado da PM e deputado federal licenciado. Fraga evita o assunto, mas o governador do DF, José Roberto Arruda, falou sobre a iniciativa do governo local ontem pela manhã, durante inauguração da cobertura de uma quadra de esportes em Samambaia. "Vamos fazer a convocação dos policiais inativos, que têm experiência. Muitos deles são jovens, querem trabalhar e estão trabalhando de segurança na porta do supermercado", afirmou.
Arruda calcula que até mil policiais militares aposentados podem ser convocados para retornar ao serviço ainda neste ano. Além de reforçar a segurança nos colégios, a ideia passa por uma tentativa de economizar dinheiro público. "Vamos pagar a eles um adicional, que está em estudo ainda, mas o total é muito menor do que a gente paga hoje para as empresas de segurança. Vai ser uma complementação salarial para eles, que são experientes para vigiar não apenas as escolas mas o caminho das escolas", resumiu o governador do DF.
Detalhes como valores e distribuição dos policiais militares nas escolas dependem da conclusão do estudo do secretário Alberto Fraga. Em entrevista ao Correio, ele se limitou a dizer que o GDF ainda avalia a "possibilidade de implantação" do projeto. "Estamos na fase de levantamento, mas sabemos que o Batalhão Escolar não dá conta de cobrir tudo", disse. A previsão de Fraga é de que o trabalho seja entregue hoje ou logo após o feriado de carnaval. O promotor militar Nísio Tostes lembrou que a Lei 7.289/84 permite a convocação de PMs da reserva para o serviço ativo.
O Batalhão Escolar conta com aproximadamente 570 policiais para cuidar da segurança de pouco mais de mil escolas públicas e particulares da capital do país. O efetivo está dividido em cinco unidades, sendo que o menor fica no Plano Piloto. Os policiais também trabalham integrados com os demais batalhões da corporação. O comando da PM informou, por meio da assessoria de comunicação social, que desconhece o plano de reforço policial do GDF. Acrescentou que só se manifestará após o feriadão.
Perigo
Pesquisa encomendada pela Secretaria de Educação do DF e executada pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla) revelou a insegurança no perímetro escolar do DF. Cerca de 25% dos professores e 24% dos alunos entrevistados admitiram sofrer ameaças. Os entrevistados também citaram casos de pichação, depredação, agressão física, roubos, furtos, ação de gangues, porte de armas e comércio de drogas. Os pesquisadores ouviram, de junho a setembro do ano passado, quase 10 mil estudantes e 1,3 mil mestres, em 84 escolas.
Últimas notícias
PL prevê volta da assistência sindical na homologação de demissões
10/6 - 10:7 |
Prazo para inscrição no Enem 2025 é prorrogado até sexta-feira (13)
6/6 - 15:22 |
SAEP convoca filiados para Assembleia de eleição dos delegados que irão para o 11º Conatee
5/6 - 17:53 |
SAEP apoia greve dos professores da rede pública; docente mal remunerado é descompromisso com educação de qualidade
3/6 - 18:24 |
Racismo: discriminação na UCB reacende debate, que sempre volta porque não é enfrentado como problema de Estado
Notícias relacionadas
Prazo para inscrição no Enem 2025 é prorrogado até sexta-feira (13)
5/6 - 17:53 |
SAEP apoia greve dos professores da rede pública; docente mal remunerado é descompromisso com educação de qualidade
3/6 - 18:24 |
Racismo: discriminação na UCB reacende debate, que sempre volta porque não é enfrentado como problema de Estado
21/5 - 15:22 |
Maio Laranja: proteger crianças e adolescentes é tarefa de todos
28/4 - 17:47 |
1º de maio: Brasília terá marcha para levar reivindicações a Lula