Brasília, quarta-feira, 12 de agosto de 2009 - 12:56
CONSERVAÇÃO COMPROMETIDA
Camelôs são flagrados vendendo álcool em gel
Fonte: Correio Braziliense
Desde o início da pandemia de gripe suína, os frascos de álcool em gel sumiram das prateleiras de supermercados e farmácias. A procura pelo produto despertou o interesse do comércio informal
O Correio flagrou nesta terça-feira (11) um ambulante vendendo o material no Plano Piloto, exatamente na rua das farmácias.
"Comprei no mercado e espero alguém querer comprar para eu vender", disse João Trajano, que admitiu lucrar até R$ 0,50 em cada venda.
O problema é que o produto, comercializado dessa forma, acaba exposto ao sol, o que, segundo a Vigilância Sanitária do DF, pode comprometer a conservação.
De acordo com o órgão, o álcool em gel só pode ser vendido em farmácias e supermercados com autorização. Comerciantes relataram ter visto camelôs em outros pontos da cidade vendendo o produto no meio da rua.
O gerente de vendas José Reinaldo da Cunha, responsável por uma rede de atacadistas, diz que o antisséptico sumiu das farmácias porque está difícil adequar os estoques ao aumento repentino da demanda.
"Estamos com dificuldades em receber e o que recebemos vai direto para o mercado", afirma. Tanta procura fez o preço disparar na cidade.
Rotinas
Em alguns estabelecimentos, o frasco, que custava R$ 3, saltou para R$ 7,50, de acordo com levantamento do distrital Rogério Ulysses (PSB), da Comissão de Direito do Consumidor da Câmara Legislativa.
Ele vai fazer uma ronda pelas farmácias nesta manhã e promete recorrer ao Procon se confirmar aumentos aparentemente abusivos.
Mas quem ficar sem o álcool em gel não precisa se desesperar — o epidemiologista José Evoide Moura diz que a velha mistura de água e sabão é suficiente para higienizar as mãos. "A efetividade de água e sabão é semelhante à do álcool", afirma.
Por causa da nova gripe, o Hospital Regional da Asa Sul (Hras) restringiu ontem a entrada de acompanhantes de mulheres em trabalho de parto, como forma de evitar o contágio pelo novo vírus.
E com o aumento no número de atendimentos no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), a direção decidiu mudar os horários de visitas no pronto-socorro.
Os novos horários agora serão às segundas, quartas, sextas-feiras, sábados e domingos, entre as 15h e as 16h. Não será permitida a entrada de crianças, idosos e gestantes nas visitas.
Enquanto hospitais alteram as rotinas, em agências bancárias da cidade, por enquanto, as mudanças são tímidas.
"Não colocaram nem álcool em gel aqui dentro nem deram máscaras para os caixas", reclama o funcionário de uma agência na W3 Sul.
Em alguns supermercados, os atendentes reforçaram a orientação para que os clientes limpem as mãos após manusear produtos como frutas e verduras.
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