Brasília, terça-feira, 20 de janeiro de 2009 - 16:2
AGENDA SINDICAL
Sindicatos pedem jornada de 4 dias e reajuste do salário mínimo
Fonte: Folha de S.Paulo
Redução do juro e saque do FGTS estão entre outras requisições ao Governo. Para presidente da CUT, falta "ousadia" na adoção de medidas; Força Sindical cobra queda do "spread" cobrado pelos bancos
As centrais sindicais chegaram ao Palácio do Planalto esperando medidas "ousadas" e acusando empresários de fazerem "chantagem". Na lista de reivindicações ao presidente Lula, havia até pedido de aumento imediato do salário mínimo de R$ 415,00 para R$ 476,00, e a edição de medida provisória que dispensa licitação para contratações de empresas pelo Governo nos próximos seis meses.
O presidente da UGT (União Geral de Trabalhadores), Ricardo Patah, reivindicou que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) dê preferência a micro e pequenas empresas na concessão de crédito. Entre os pedidos da UGT, estavam ainda autorização para que os trabalhadores possam sacar pelo menos 20% do FGTS (Fundo de Garantia dor Tempo de Serviço) e a edição de MP para que as contratações de empresas pelo Governo federal se deem por meio de pregão eletrônico, e não licitação.
"Os empresários não se contentam [com as medidas anunciadas] e se aproveitam do momento de crise para conseguir mais flexibilizações. Há chantagem empresarial", disse.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique da Silva, propôs que as fábricas fechem às sextas-feiras e funcionários sejam dispensados sem corte de salários. "Dessa forma, cria-se um banco negativo de horas extras e ninguém sai perdendo."
Para Silva, falta "ousadia" do Governo nas medidas. Ele cobrou ainda de Lula diálogo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O ministro conversa só com os empresários, e não com os trabalhadores", disse.
O presidente da CUT criticou o Governo, que ofereceu incentivos fiscais sem cobrar a manutenção dos empregos. Apesar da reunião conjunta com a Força Sindical na noite de ontem, a CUT havia criticado pela manhã a central. "Estamos satisfeitos de estarmos na direção correta [em relação às soluções para evitar demissões], diferentemente de outros por aí."
A CUT propôs a redução do ICMS pelos Governos estaduais, desde que as empresas garantam o emprego e que o Governo federal cobre das empresas que se beneficiaram da redução ou isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) que não demitam. Outro pedido foi a desoneração temporária das empresas do recolhimento de contribuições que compõem o Sistema S.
A Força Sindical, representada pelo seu presidente, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT/SP), reivindica a redução de dois pontos percentuais da taxa Selic, de 13,75% para 11,75%; o aumento das parcelas do seguro-desemprego, medida que deverá ser retroativa a dezembro; a redução do "spread" cobrado pelos bancos; e o aumento do salário mínimo.
"Vamos quarta-feira [amanhã] para a frente das sedes dos bancos centrais dos estados exigir a redução dos juros".
Centrais pedem
- Ampliação do seguro-desemprego para 10 parcelas;
- Manutenção de emprego das empresas que obtêm recursos público ou redução de impostos;
- Redução da jornada de trabalho sem redução dos salários;
- Autorizar saque de pelo menos 20% da conta do FGTS;
- Reajuste do salário mínimo em mais 12%;
- Negociar com as empresas em dificuldades para impedir ao máximo demissões;
- Redução imediata de dois pontos percentuais na Selic;
- Queda do superávit primário; e
- Suspensão temporária do pagamento de ICMS pelos Governos estaduais de setores com dificuldades para manter os empregos, desde que a partir do benefício, os empresários se comprometam a não demitir.
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