Mais de 150 auxiliares de administração escolar da Universidade Católica de Brasília (UCB), participaram da reunião com a diretoria do SAEP realizada, nesta terça-feira (6), no auditório do campus da UCB.

Foram quase duas horas discutindo a Campanha de Reivindicações 2010 do ensino superior, Campanha de Filiação, taxa assistencial, Banco de Horas, representação sindical e negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A presidente do SAEP, Maria de Jesus da Silva, abriu o debate fazendo uma breve exposição sobre a história de fundação do Sindicato da categoria e, também, convidou os trabalhadores para participarem do 2º Seminário dos auxiliares de administração escolar do DF, com data, ainda, indefinida.

"Herdamos alguns entraves da representação sindical anterior ao SAEP e hoje estamos lutando para melhorar as condições de trabalho e ampliar as conquistas da categoria", enfatizou.

Campanha de Reivindicações
Em seguida, o diretor do Sindicato Mário Lacerda apresentou e explicou a pauta de reivindicações da Campanha 2010 do ensino superior.

"É possível sim abrir o debate [com os empresários da educação] para esta pauta. Como fazer isso? É a filiação, o apoio da categoria que fortalece o Sindicato para ampliar as conquistas", ressaltou Lacerda acrescentando que é preciso ter consciência política, pois a forma mais eficaz de pressionar os empregadores é por meio da filiação e, por conseguinte, fortalecimento do Sindicato.

Um auxiliar presente ao evento disse que apóia o Sindicato e acha que o financiamento da entidade deveria ser feito por filiação.

Taxa assistencial
O diretor financeiro do SAEP, Idenes de Jesus Sousa Cruz, falou sobre a importância da sustentação financeira do Sindicato, para fortalecer as lutas e conquistar melhores condições de trabalho e salário para a categoria.

"Não podemos enfraquecer o Sindicato, que é o instrumento de luta e defesa do trabalhador", destacou Idenes.

Lacerda aproveitou para lembrar que, ao contrário do que acontece no Brasil, em outros países os benefícios conquistados pelo sindicato estendem-se apenas aos filiados.

"Se todos são beneficiados, e querem ser beneficiados, então, por que apenas uma minoria tem que manter uma categoria de quase oito mil trabalhadores? O SAEP precisa da ajuda de todos, não podemos enfraquecer o Sindicato", disse.

"Eu nunca vi ninguém ir ao SAEP e abrir mão dos benefícios conquistados pelo Sindicato, abrir mão do reajuste salarial, do abono. Por que, então, temos que nos opor a uma contribuição que fortalece a entidade para ampliar as conquistas para todos?", questionou Lacerda, e emendou enfatizando que o Sindicato luta pela distribuição de renda, pela pacificação social e pela conquista de direitos dos auxiliares.

Campanha de filiação
O diretor de Assuntos Jurídicos, Jeferson de Souza Silva, chamou a atenção para a campanha de filiação, que tem grande importância para a sustentação e fortalecimento do Sindicato.

"Temos que acreditar em nossa categoria, não podemos continuar nessa relação de uma minoria sustentar toda uma categoria com quase oito mil trabalhadores", disse.

Banco de Horas
Ao ser questionado sobre a legalidade do Banco de Horas, Mário Lacerda disse que essa é uma prática, em princípio, imoral, que se justifica apenas para quem tem interesse somente no lucro.

Auxiliares aprovaram debate
"Foi ótima, maravilhosa, tem que ter mais reuniões para ver se coloca alguma coisa na cabeça desse povo, porque eles só querem ganhar, mas, na hora de ajudar, aí é que está a dificuldade". (Maria Eugênia da Conceição)

"Achei muito interessante, uma boa iniciativa do Sindicato. Hoje a UCB tem um corpo administrativo de quase 900 funcionários, acredito que 20% participaram da reunião. Os tópicos levantados são muito interessantes, só acho difícil serem aprovados, mas, foi um passo dado. Acho que devem acontecer mais reuniões assim". (Antônio Soares Santos)

"A reunião foi muito boa, muito interessante. É importante abrir esse espaço para que os colaboradores possam conhecer o Sindicato. Achei muito importante todos os assuntos abordados, os itens da pauta de reivindicações... Acho que tem que continuar e fazer mais reuniões". (Augusto de SÁ)

*Para evitar qualquer tipo de coação, assédio moral ou retaliações por parte da instituição, os nomes usados nas opiniões dos auxiliares são fictícios.