Atendendo a pedido da Advocacia-Geral da União, o presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu anular a sessão em que houve a votação do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, ocorrida nos dias 15, 16 e 17 de abril.

Segundo Maranhão, ​ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão. ​​Ele também afirmou que os partidos não poderiam ter orientado a votação; os deputados não poderiam ter anunciado seus votos previamente; e a defesa da presidente não poderia ter deixado de falar por último.

O presidente interino pediu que o processo seja devolvido pelo Senado Federal e determinou que seja realizada nova sessão para votar o pedido de impedimento de Dilma Rousseff no prazo de cinco sessões contados a partir da devolução do processo.

​Ao saber da notícia, a presidenta Dilma recomendou cautela. "Por favor tenham cautela. Nós vivemos um tempo de manhas e artimanhas. Vai ter muita luta, vai ter muita disputa", disse a presidente, durante cerimônia de criação de novas universidades brasileiras no Palácio do Planalto.