Brasília, sexta-feira, 2 de outubro de 2009 - 12:41
DESIGUALDADE MENOR
Benefícios da Previdência Social tira 21 milhões da pobreza
Fonte: Jornal do Brasil
Como resultado direto do aumento do número de trabalhadores formalizados, a cobertura maior dos beneficiários da Previdência Social – 55, 9 milhões de pessoas, ou 59,6% da População Economicamente Ativa (PEA) – tem sido preponderante no combate à pobreza no País

A cobertura é fundamental sobretudo entre os idosos, já que muitos dos beneficiários acima de 60 anos dependem dessa renda, mas milhões de crianças e jovens também são beneficiados, mostra o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O Ipea calcula que "se fossem retirados todos os benefícios previdenciários atualmente pagos pela previdência social, a população de indigentes cresceria, no ano de 2008, em mais de 17 milhões de indivíduos; e o de pobres, em quase 21 milhões".
Em números relativos, os indigentes praticamente dobrariam, passando de 10,74% para 20,19% da população, enquanto o percentual de pobres subiria em mais de um terço, passando de 29,18% para 40,56%.
"Esses números mostram a importância da proteção previdenciária no combate à indigência e à pobreza no Brasil", diz o relatório.
No entanto, 3,8 milhões de idosos não contam ainda com a cobertura previdenciária.
A maior fiscalização e as medidas de desburocratização por parte do governo foram responsáveis pelo crescimento dos empregos com carteira assinada no Brasil, avalia o Ipea a partir de dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad/2008): de 30,4% da população economicamente ativa (PEA) em 2001, passou para 35,7% em 2008.
"Mesmo com a crise verificamos que a informalidade não voltou a subir. Acredito que com o reaquecimento da economia, combinado a medidas de simplificação nos âmbitos federal, municipal e estadual, vão proporcionar essa contínua tendência de aceleração da formalização" diz o Carlos Henrique Corseuil, autor do estudo.
Apesar do aumento no número de empregos formais, ainda são cerca de 31 milhões de trabalhadores informais no país e que não contribuem para a Previdência.
Queda
Segundo análise dos números da Pnad feito pelo Ipea, o percentual de 7,2% na taxa de desocupados do país em 2008 mostrou uma queda tanto na área urbana quanto na rural.
Foi o menor valor da década, destacaram os pesquisadores do Ipea: "Pode-se dizer que o determinante mais importante de tal redução foi um aumento na demanda por trabalho, tendo em vista a forte alta da ocupação com uma taxa de participação estável".
O rendimento real médio registrado em 2008, da ordem de R$ 944,38, confirma esse dado, destacando tratar-se do maior rendimento registrado desde 2001.
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